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sábado, 21 de junho de 2014

DOUTRINA DE DEUS - TEOLOGIA

CIETCURSO DE INTRODUÇÃO ELEMENTAR À TEOLOGIA
“Facilitando o conhecimento; aproximando o homem a Deus!”
Apresenta:

TEMA: DEUS

A REVELAÇÃO DE DEUS
        Há duas espécies de revelação: Geral e Especial. Nunca poderíamos conhecer a Deus se Ele não se tivesse revelado a nós.
1 - A revelação geral de Deus (É encontrada na natureza, na história e na consciência) e se destinam a todas as criaturas inteligentes.
A) A revelação de Deus na natureza- “Os céus manifestam a gloria de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos.” (Sl. 19.1) “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributo invisíveis de Deus, desde a criação do mundo tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis.”( Rm 1.19,20)
B)  A revelação de Deus na história - (A Bíblia fala como Deus lidou com o Egito “então disse o senhor a Moisés: Levanta-te pela manhã cedo, apresenta-te a Faraó, e dize-lhe: assim diz o Senhor, o Deus dos hebreus: deixai ir o meu povo, para que me sirva, ou desta vez te enviarei todas as minhas pragas sobre o teu coração, e sobre os teus oficiais, e sobre o teu povo,para que saibais que não há outro ( Deus ) como eu em toda a terra.pois eu já poderia ter estendido a minha mão para te ferir a ti e ao teu povo com pestilência, e terias sido destruído da terra. Mas deveras para isto te mantive, para te mostrar o meu poder, e para que o eu nome seja anunciado em toda a terra.”(Ex 9.13-16) Assíria(Is 10.12-19) Babilônia (Jr 50.1-16) Medo-pérsio (Is 44.24) Império Romano (Dn 7.7,23).
C) A revelação de Deus na consciência-(A consciência é discriminativa e impulsiva). Ela julga se um curso de uma ação proposta em uma atitude está ou não em harmonia com nossos padrões morais e insta conosco para fazermos daquilo que estiver em harmonia com eles e nos abstermos de participar aquilo que faz contrário a eles. Não é imposta é o reflexo de Deus na alma ,assim como um espelho e a superfície tranqüila de um lago refletem o Sol e revelam não apenas a sua existência, mas também até certo ponto sua natureza, assim a consciência do homem revela a existência de Deus, e até certo ponto, a natureza de Deus.
2 - A revelação especial de Deus - È dada aos homens de várias maneiras: na forma de milagres e profecias, na pessoa  e no trabalho de Jesus Cristo, nas Escrituras e na experiência pessoal.
a) A revelação de Deus em milagres - Revela a presença e o poder de Deus (Ex 4.2-5; I Rs 18.24; Jo 5.36) O milagre, por fugir às leis naturais é uma revelação especial, é Deus saindo de seu esconderijo e mostrando-se como o Deus vivo que rege o universo  tendo ciência de todas as coisas.


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b) A revelação de Deus na profecia - “Predição de acontecimentos” através de uma comunicação direta de Deus. Ex: A cerca de Cristo que já foram cumpridas.
        Cristo deveria ser:
·        


Nascido de uma virgem: “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: A virgem conceberá e dará à luz Um filho, e será o seu nome Emanuel”. (Is 7.14) “A virgem conceberá e dará à luz Um filho, e o chamarão de Emanuel, que quer dizer: Deus conosco.” ( Mt 1. 23).
     Ele deveria:
·         Nascer em Belém: “Mas tu Belém Efrata, posto que és a menor entre as milhares de Judá, de ti me sairá aquele que há de reinar em Israel, cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Mq 5.2). “E, convocando todos os principais sacerdotes, e os escribas do povo, perguntou-lhes onde haveria de nascer o Cristo. Eles responderam: em Belém da Judéia, pois foi isto que o profeta (Miquéias) escreveu.” (Mt 2. 6)
    Ele seria:
·         Enterrado com os ricos: “Deram-lhe sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na sua boca.”  (Is 53. 9). “ (Mt 27.57-60)





A REVELAÇÃO DE DEUS  EM JESUS CRISTO
         O mundo Gentio-Apesar da revelação geral de Deus o mundo gentio não atentou para existência, natureza ou vontade de Deus. Paulo assim se expressou: “Na sabedoria de Deus o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria” (I Co 1.21), “Nenhum dos poderosos deste século conheceu; por que, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da gloria” (I Co  2.8). Apesar da revelação geral de Deus na natureza, na história, na consciência, o mundo gentio voltou-se para a mitologia, o politeísmo e a idolatria.
Israel – As revelações especiais de Deus nos milagres, profecias e teofânia levaram Israel a um conhecimento real da natureza e da vontade de Deus. Israel o via como o grande Legislador, cria no Deus vivo e verdadeiro e via Nele o juiz que insistiu no cumprimento da letra da lei, mas que pouco se importava com a condição interior do coração a prática justiça, misericórdia e fé (Mt 24.23-28) como aquele que tinha que ser aplacado com sacrifícios  e holocaustos.Também Ele era visto como o abençoador dos descendentes de Israel e consideravam os gentios como inferiores a eles (Mt 3.8-12; 12.17-21; Mc 11.17). Israel necessitava também de uma revelação maior, plena de Deus,  e a temos na Pessoa e Missão de Jesus Cristo.
Cristo – É o centro da história e da revelação de Deus. O escritor aos Hebreus diz: “Havendo Deus,  outrora, falado, muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, falou-nos a nós, nesses últimos dias, pelo filho”. (Hb 1. 1,2); e diz que Ele é o “resplendor da gloria e a expressão exata do seu ser” (v.3). Paulo diz que Ele é “a imagem do Deus invisível” (Cl. 1.15) e diz que “nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2. 9). João diz: Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está no seio do pai é quem o revelou”.(Jo1. 18). E o próprio Jesus disse: “Ninguém conhece o Filho senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11.27); ainda mais: “Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14.9). Conseqüentemente, a igreja tem, desde o princípio, visto em Cristo a suprema revelação do Pai.
A EXISTÊNCIA DE DEUS
       A Bíblia não procura oferecer-nos qualquer prova racional quanto à existência de Deus. Pelo contrário: ela já começa  tomando a sua existência como pressuposição básica, “No princípio, Deus” (Gn 1. 1). Deus existe!
       Se de um lado “disseram os néscios no seu coração: Não há Deus.” (Sl 14.1); por outro: “os céus manifestam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de suas mãos.” (Sl 19.1).
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PERSONALIDADE DE DEUS
        A personalidade pode ser definida como a existência dotada de autoconsciência e do poder de autodeterminação. É, portanto, a soma total das características necessárias para descrever o que é um Ser Pessoal. Deus é um Ser Pessoal.
A NATUREZA DE DEUS - Como pode aquilo que é finito compreender e expressar aquilo que é infinito?
 O próprio povo escolhido procurou representar e descrever Deus aos seus semelhantes, quando na sua fraqueza, fazendo ídolos de metal, coisa que ainda é feito pelo homem. (Ex 32. 4; Rm 1.24,25).  “Deus é Espírito”, Infinito e Eterno e Imutável em seu Ser, Sabedoria, Poder, Santidade, Justiça, Bondade e Verdade”. As Escrituras revelam sua infinitude com a operação do Espírito Santo através de seus atributos naturais e morais.
  
ATRIBUTOS NATURAIS DE DEUS
     Deus existe por si mesmo, pois não depende de nenhuma fonte originária para existir. Dentre os muitos atributos naturais de Deus, vamos destacar apenas os seguintes:
1. VIDA - A vida de Deus está intimamente ligada ao próprio fato da existência de Deus. Deus não só existe, ele é vivo; ele possui vida. Ou melhor, ele é a própria vida: “O senhor é o que tira a vida, e torna a dá; faz descer á sepultura e faz subir dela.” (I Sm 2.6). Veja também: (Jo 5.21; Jr 10.10-16; Sl 115.1-7; Jo 14.6).
2. ESPIRITUALIDADE—Deus é perfeito Espírito com personalidade plena. Ele pensa, sente e fala, podendo assim ter comunhão direta com suas criaturas, feitas a sua imagem. Sendo Espírito, não está sujeito às limitações de um corpo físico. Não é composto de nenhum elemento material. Ainda que Jesus referisse a “forma de Deus” (Jo 5.37; Fl. 2.6). Deus é uma pessoa real, mas de natureza tão infinita que não se pode compreendê-lo plenamente pelo conhecimento humano nem tão pouco descreve-lo.
3. ETERNIDADE—Deus não tem princípio nem fim de dias. Ele transcende a todas as limitações temporais. Deus enche o tempo: está em cada partícula dele. Na vida de Deus, ao contrário da nossa, o passado e o futuro são um eterno presente. “... Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade e Príncipe da paz.” (Is 9.6).
4. IMUTABILIDADE - A erosão deforma  a terra, a ferrugem consome o ferro, o cupim destrói a madeira, a traça consome o livro, o uso desgasta o ouro, mais o Deus da Bíblia sobre o qual o tempo e o espaço não exercem influências, é um Deus eterno e imutável. “Ele é o pai das luzes, em que não pode existir variação, ou sombra de mudança”. (Tg 1.17).
5. ONISCIÊNCIA—Deus é perfeito em Ciência e Sabedoria. Isaias disse que o entendimento de Deus não se pode medir “... e não há quem esquadrinhe o seu entendimento.” (Is 40.28). Ele não só possui, ele é a sabedoria “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?” (Rm 11.33-35).
6. ONIPOTÊNCIA—Deus tem “Todo Poder”. Seu poder é ilimitado; faz qualquer coisa que queira segundo a sua perfeição “Haveria alguma coisa difícil para Deus?” (Gn 18.14). “Sei senhor que tudo podes, e que nenhum dos teus pensamentos podem ser impedido.” (Jó 42.2.).
7. ONIPRESENÇA—Deus está em todos os lugares. Ele age em todos os lugares e tem pleno conhecimento de tudo que ocorre em todos os lugares. “Para onde fugirei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, aí tu estás; se fizer nas profundezas a minha cama, tu ali também estás.” (Sl 139.8,9).
ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS
          São os atributos através dos quais Deus comunica determinadas verdades a seu povo, levando-o a uma plena identificação com Ele. Dentre os muitos, abordaremos apenas alguns:
1. VERACIDADE--Deus é perfeito e veraz. “Deus não é o homem para que minta” (Nm 23.19). A mentira é incompatível com a natureza divina. Ao tratarmos com ele devemos sempre lembrar que Ele é um ser Verdadeiro disposto a cumprir suas Santas e Boas Palavras. “... velo pela minha palavra para cumpri-la.” (Jr 1.12).
2. FIDELIDADE—Deus é fiel! Pois cumpre todas as promessas feitas a seu povo. “Se formos infiéis, ele permanece fiel; porque não pode negar-se a si mesmo.” (I Tm 2.13). E isto constitui para o crente a base de sua confiança; o fundamento de sua esperança e a causa de seu gozo.
      Pela fidelidade de Deus as leis se mantêm inalteradas, as suas promessas continuam a se cumprir, os  santos continuam protegidos, pecadores arrependidos são convertidos, os salvos serão arrebatados , os ímpios serão condenados, satanás será banido da terra e novos céu e nova terra serão estabelecidos.
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3. CONSELHO—É limitadíssima a compreensão do homem quanto ao eterno conselho (propósito) divino, mas aprouve Deus revelar ao homem o seu plano, ainda que em parte. O conselho de Deus é o plano eterno em relação ao mundo material e espiritual, visível e invisível.
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Quanto à sua aplicação, o conselho de Deus está atento:
 A) A todas as coisas em geral: “Este é o conselho que foi determinado sobre toda a terra; esta é a mão que está estendida sobre todas as nações.” (Is 14.26). “Eu anuncio o fim desde o principio, desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam. Eu digo: O meu propósito subsistirá, e farei toda a minha vontade.” (Is 46.10,11);
B) Às coisas em particular, Ex: o universo material, os negócios das nações, o período da vida humana, o tempo da morte do homem, as ações humanas, sejam elas boas ou más: “Tu firmaste a terra, e firme permanece. Conforme o que ordenaste, tudo se mantém até hoje, pois todas as coisas te obedecem.” (Sl 119.90-91). Veja mais (At. 17.26; Jó 14.5,14; Ec 3.2; Ef 2.10)
C) Ás coisas espirituais tais como: a salvação do homem, “Por que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crer, não pereça mês tenha a vida eterna.” (Jo 3.16); o reino de Cristo “Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz, e que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do filho do seu amor.” (Cl 1.12,13) e a obra de Deus nos crentes e por meio deles “... assim também efetuai a vossa salvação com temor e tremor, pois Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” (Fl. 2.12,13).
4. SANTIDADE — A santidade de Deus é a soma de todos os seus atributos morais, e expressa a majestade de sua natureza. Sua palavra revela-o como Santo. Por cerca de trinta vezes o profeta Isaias se refere a Jeová chamando-o de “Santo”. Deus é Santo. “Sede santos, por que eu sou santo.” (I Pe 1.16).
QUESTIONÁRIO
1-      Quais são as revelações de Deus?
2-      Por que meios se percebe Deus na revelação geral?
3-      E a revelação especial?
4-      Dentre as revelações de Deus por meio da profecia, Cite uma que se cumpriu em Cristo.
5-       Como você descreveria a natureza de Deus?
6-      Quais os atributos naturais de Deus aqui estudados?
7-      O que quer dizer Onisciência?
8-      E Onipotência?
9-      Quais os atributos morais de Deus?
10-  Quanto à aplicação o conselho de Deus está atento à?

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