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sábado, 1 de novembro de 2014

Pesquisa mostra as heresias mais comuns nas igrejas modernas

Pesquisa mostra as heresias mais comuns nas igrejas modernasPesquisa mostra que evangélicos não conhecem doutrinas básicas
A mais recente pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas LifeWay é intitulada “Americanos acreditam no céu, inferno e em algumas heresias”. Encomendada pela Ligonier Ministries e publicada ontem (28), recebeu destaque em vários sites de conteúdo evangélico.
O material revela que muitos evangélicos americanos têm opiniões “heterodoxas” sobre a Trindade, a salvação, e outras doutrinas. Segundo os padrões dos conselhos mais importantes da Igreja primitiva, essas posturas seriam consideradas heréticas.
Os pesquisadores fizeram 43 perguntas sobre fé, abordando temas como pecado, salvação, Bíblia e vida após a morte. A pesquisa feita com 3 mil pessoas tem uma margem de erro de 1,8% e seu nível de confiança é de 95%.
As principais conclusões do estudo são que embora a imensa maioria – 90% dos evangélicos e 75% dos católicos – acredite que o céu é um lugar real, cerca de 19% dos evangélicos (67% dos católicos) acreditam que existem outros caminhos para chegar lá que não seja através da fé em Jesus.
Por outro lado, 55% dos evangélicos dizem que o inferno é um lugar real, contra 66% dos católicos. Na média, os americanos não parecem muito preocupados com o pecado ou em irem para o inferno depois de morrer. Dois terços (67%) dizem que a maioria das pessoas são basicamente boas, apesar de todos os seus pecados. Apenas 18% acredita que até mesmo pequenos pecados podem resultar em condenação eterna, enquanto pouco mais da metade (55%) dizem que Deus tem “um lado irado”.
A importância desse tipo de levantamento é a grande influência que a igreja americana tem sobre a maioria das igrejas do mundo ocidental. Segundo Stephen Nichols, diretor acadêmico da Ligonier, os dados mostram “um nível significativo de confusão teológica”. Muitos evangélicos não têm visões em harmonia com a Bíblia sobre Deus ou os seres humanos, especialmente em questões de salvação e do Espírito Santo, acrescentou.
Alguns pontos têm variação expressiva dependendo da tradição teológica a que a pessoa entrevistada pertence. Porém, em algumas questões os resultados surpreendem. Em alguns casos, o problema parece ser mais a falta de informação.
Menos da metade (48%) acredita que a Bíblia é a Palavra de Deus, sendo que 50% dos evangélicos e 49% dos católicos dizem que ela é “útil, mas não uma verdade literal”.
visao teologica sobre a biblia Pesquisa mostra as heresias mais comuns nas igrejas modernas
Ao mesmo tempo, por exemplo, apenas 6% dos evangélicos acham que o “Livro de Mórmon” é uma revelação de Deus, enquanto outros 18% “não tem certeza e acham que pode ser”. Possivelmente desconhecem que os mórmons são uma seita e que, para eles, Jesus e o Diabo são irmãos, filhos do Deus-pai, que vive em outro planeta.
Perguntados sobre a natureza de Jesus, um terço (31%) disse que Deus, o Pai é mais divino do que Jesus, enquanto 9% não tinham certeza. Além disso, 27% dizem que Jesus foi a primeira criação de Deus, e outros 11% não tinham certeza.
tabela jesus e deus Pesquisa mostra as heresias mais comuns nas igrejas modernas
No segundo e terceiro século, proeminentes teólogos e líderes da igreja debateram por muito tempo sobre a natureza. O concílio ecumênico da Igreja em Nicéia, no ano 325, e o concílio ecumênico de Constantinopla, em 381 declararam sua rejeição a qualquer ensinamento que defendia que Jesus não era um com o pai, da mesma substância. Logo, tratar Jesus como um ser criado e menor que Deus-Pai não é um ensinamento cristão, embora permaneça sendo ensinado por seitas como os mórmons e os Testemunhas de Jeová.
Na mesma época, concílios ecumêmicos também esclareceram que a Trindade era composta por Pai, Filho e Espírito Santo, sem diferença de essência ou hierarquia entre eles. Quando questionados sobre a pessoa do Espírito Santo, os evangélicos de 2014 revelam posturas ainda problemáticas. Mais da metade (58%) disse que o Espírito Santo é uma força, não uma pessoa. Enquando 7% disse não ter certeza. Sobre o Espírito Santo ser menos divino do que Deus Pai e Jesus, 18% concordaram e o mesmo percentual respondeu “não sei”. Já dois terços dos católicos (75%) responderam acreditar que o Espírito Santo é apenas uma “força divina”.
tabela espirito santo Pesquisa mostra as heresias mais comuns nas igrejas modernas
A natureza humana e a salvação são outras áreas que mostram confusão nas respostas. Dois em cada três evangélicos (71%) dizem que uma pessoa será salva se buscar a Deus primeiro, e depois Deus responde com sua graça. Uma percentagem semelhante (67%) disse que as pessoas têm a capacidade de se converter a Deus apenas por sua própria iniciativa. Ao mesmo tempo, mais da metade (56%) disse que as pessoas têm de contribuir para a sua própria salvação.
tabela graca Pesquisa mostra as heresias mais comuns nas igrejas modernas
Essa parece ser a questão que ainda suscita mais debate. A tradição mais comum entre católicos romanos, ortodoxos e aguns ramos protestantes defende que os seres humanos cooperam com a graça de Deus na salvação. O ensinamento cristão histórico em todos os ramos é que qualquer ação por parte do homem será apenas uma resposta à obra do Espírito de Deus.
Ao serem perguntados sobre a igreja local, 52% acreditam que não há necessidade de pertenceram a uma igreja, pois buscar a Deus sozinho tem o mesmo valor que a adoração comunitária. Ao mesmo tempo, 56% disseram crer que o sermão do pastor não tem “qualquer autoridade” sobre eles. Quarenta e cinco por cento dos entrevistados acredita que tem o direito de interpretar as Escrituras como quiserem.

Teólogos comentam

A revista Christianity Today consultou teólogos sobre os resultados da pesquisa. Para Nichols, a Ligonier apenas está verificando o que muitos pastores já sabem: as pessoas não conhecem sua fé a fundo.
Timothy Larsen, professor do pensamento cristão no Wheaton College, afirma que isso só poderá ser revertido com mais discipulado bíblico. John Stackhouse, professor de teologia no Regent College, em Vancouver, é enfático: “Um sermão no domingo e um estudo bíblico simples durante a semana não é suficiente para informar e transformar a mente das pessoas para seguirem a teologia cristã ortodoxa.”
Ele acredita que é preciso mais empenho dos que pregam para deixar claro o que a Bíblia ensina sobre essas questões-chaves. Opinião parecida tem Beth Felker Jones, professora de Teologia no Wheaton College: “Os líderes da Igreja precisam ser capazes de ensinar a verdade da fé com clareza e precisão, e nós precisamos ser capazes de mostrar às pessoas por que isso é importante para as nossas vidas.”
Howard Snyder, ex-professor de em vários seminários conhecidos, enfatiza que a doutrina da Trindade não é um “conceito teológico abstrato, mas uma verdade cristã fundamental que nos informa sobre o Deus que adoramos, que somos como seres humanos, e toda a criação”.
Na análise do diretor da LifeWay, Ed Stetzer, o evangélico médio “gosta de acreditar em um tipo de Deus quase cristão, com doutrinas incompletas”.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

"A REELEIÇÃO É A MÃE DE TODAS AS CORRUPÇÕES" - JOAQUIM BARBOSA.

POR ISSO NÃO DÊ SEU VOTO PARA REELEGER QUEM AFUNDOU O BRASIL NO MAIOR MAR DE LAMA MORAL DE TODA A SUA HISTÓRIA. VEJA A MATÉRIA:





Na primeira palestra após ter se aposentado, o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa fez duras críticas à reeleição para cargos executivos no Brasil.
"A possibilidade real de mudança periódica dos agentes políticos, com o voto universal e livre, é um elemento essencial de frenagem e de calibração democrática, mas essa possibilidade real de mudança periódica fica prejudicada quando se tem o instituto da reeleição para os cargos executivos", disse o ex-ministro.
A palestra foi dada na manhã desta terça-feira (16), em São Paulo, no 13º Congresso Internacional de Shopping Centers, evento organizado pela Abrasce, entidade representativa dos shoppings do Brasil.
Sem citar casos concretos, Barbosa afirmou que é necessário acabar com a reeleição, tratada por ele como a "mãe de todas as corrupções" nos países em que as instituições ainda não estão consolidadas. "Ressalto veementemente que estou falando em termos puramente hipotéticos, sem nenhuma relação a qualquer caso concreto da atualidade", afirmou Barbosa.
"Em países ainda em fase de consolidação institucional, ou que tenham instituições débeis, a reeleição funciona como o carro-chefe, a mãe de todas as corrupções de toda a espécie. Ela condiciona tudo: de projetos essenciais à coletividade à pauta diária do governo e até mesmo a projetos individuais e pessoais daqueles que se associam ao governante que busca se manter perene no poder", disse o ex-ministro, que foi o relator do caso do mensalão no Supremo.
No julgamento, ele foi protagonista de uma série de polêmicas com outros ministros. Barbosa aposentou-se em 1º de julho, após 11 anos na Corte.
Para Barbosa, o instituto da reeleição favorece o "toma lá da cá" entre o Executivo e o Legislativo. "Consiste em concessões reciprocas nas matérias submetidas à aprovação legislativa ou executiva. É o nosso toma-lá-da-cá."
O ex-presidente do Supremo afirmou também que o os mandatos no Executivo tem de durar cinco anos e defendeu o voto distrital para representantes do Legislativo em contraposição ao modelo atual. "A grande vantagem é você saber em quem está votando."
Campanhas "longas" e caras
O ex-ministro provocou risos da plateia ao criticar o tempo de duração e os gastos das campanhas eleitorais. "Há necessidade de campanhas tão longas? Não poderiam ser reduzidas pela metade, sem televisão? O que encarece as campanhas são os custos de produção dos programas, do marketing eleitoral. Não vejo a necessidade de uma campanha durar três meses. Somos obrigados a se submeter a essa cacofonia durante meses."
O discurso de Barbosa durou quase uma hora. O ex-ministro fez críticas ao excesso de impostos e atribuiu a existência do "jeitinho brasileiro" às falhas do sistema tributário e a fragilidades institucionais. Em vários momentos, o magistrado apontou a desigualdade como um dos piores problemas do país e elegeu a melhoria da educação como caminho para reduzi-la.
Ainda assim, o ex-ministro se disse muito "otimista" com o momento atual do país, comparando as circunstâncias de hoje com as que viveu na infância e adolescência.
"Vivo em uma das mais vibrantes democracias do nosso planeta", disse. "Não obstante todas as nossas mazelas, hoje o Brasil figura entre as sete ou oito economias do mundo. Obtivemos avanços tecnológicos importantes. Grandes empresas brasileiras tornaram-se players econômicos internacionais. Fabricamos aviões, bens duráveis, somos exportadores de alimentos", afirmou Barbosa.

sábado, 13 de setembro de 2014

Não é bem assim: as distorções e exageros do horário eleitoral na semana

Da Agência Pública
  • Alexandre De Maio/Agência Pública
As campanhas dos presidenciáveis apresentaram na última semana, no horário eleitoral gratuito, mais promessas e propostas que tentam seduzir o eleitor a apoiar seus respectivos candidatos nas eleições de outubro.
Agência Pública checou alguns dados, divulgados nos programas da última semana, para saber o que é exatamente verdadeiro e se as informações passadas estão devidamente contextualizadas, utilizando termos de jogos de cartas para questionar as incorreções.
Veja abaixo algumas das afirmações dos candidatos que não correspondem 100% ao que foi apurado:
Dilma: Enem acabou com o elitismo do vestibular
Alexandre De Maio/Agência Pública
No horário eleitoral da última terça-feira (9), a campanha de Dilma Rousseff (PT) declara:
"Esse Enem 2.0 acabou com o elitismo do velho vestibular."
A afirmação é incorreta. Em 2011, apenas 5,4% dos jovens entre 18 e 24 anos que frequentavam ou haviam concluído a educação superior pertenciam à faixa de menor renda da população, enquanto 43,9% eram da faixa de maior renda. Os dados são da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) de 2011, elaborada pelo IBGE e citada em uma apresentação do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).
O que houve foi um aumento geral do número de estudantes matriculados no Ensino Superior durante os governos Lula e Dilma. Em 2003, o número de matrículas nessa etapa era de 3,9 milhões, passando para 7,3 milhões em 2013, segundo dados do Censo da Educação Superior do Inep.
A partir de 2009, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foi reformulado e sua nota começou a ser considerada na seleção para universidades públicas federais, por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificado), e como critério para o Ministério da Educação conceder bolsas de estudos para universidades particulares pelo Programa Universidade para Todos (ProUni).
Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, diz que a lógica do vestibular não mudou. "Os alunos que passavam no vestibular continuam sendo os alunos que têm as melhores notas no Enem", opina. 
A professora da Faculdade de Educação da UNB (Universidade de Brasília) Catarina de Almeida Sousa admite que houve melhorias no acesso à educação superior nos últimos anos, mas não atribui o resultado ao Enem, e sim a programas que oferecem cotas para alunos de escolas públicas e baixa renda, negros e índios. "Esses programas ajudam a fazer com que camadas da população que antes não tinham acesso à educação superior cheguem às universidades. Mas não chegam na sua totalidade porque não tem vaga para todo mundo", pondera a professora.
Marina: Atuação como ministra e diminuição do desmatamento na Amazônia
Alexandre De Maio/Agência Pública
No programa eleitoral do último dia 6, a campanha de Marina Silva (PSB) afirma:
"Quando ministra do Meio Ambiente, [Marina] comandou um trabalho integrado de 14 ministérios, e o desmatamento na Amazônia diminuiu pela primeira vez na história."
As duas afirmações estão erradas. A ex-ministra do Meio Ambiente não comandou o grupo de 14 ministérios criado para reduzir o desmatamento. E a devastação na Amazônia Legal não caiu pela primeira vez na história quando Marina Silva era titular da pasta.
O Grupo Permanente de Trabalho Interministerial, instituído em 2003, realmente reuniu 14 pastas com o objetivo de "propor medidas e coordenar ações" para diminuir o desmatamento na Amazônia Legal. Mas a coordenação de todos eles era feita pelo titular da Casa Civil da Presidência da República. De 2003 a 2005, esse lugar foi ocupado por José Dirceu e, de 2005 a 2010, por Dilma Rousseff. Marina foi ministra do Meio Ambiente de 2003 a 2008. O grupo só passou a ser coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2013.
A série histórica de dados do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mostra que houve sete episódios de redução no desmatamento antes de Marina se tornar ministra: 1989 (de 21 mil km²/ano para 17,7 mil km²/ano), 1990 (17,7 mil km²/ano para 13,7 mil km²/ano), 1991 (13,7 mil km²/ano para 11 mil km²/ano), 1996 (de 29 mil km²/ano para 18,1 mil km²/ano), 1997 (de 18,1 mil km²/ano para 13,2 mil km²/ano), 1999 (de 17,3 mil km²/ano para 17,2 mil km²/ano) e 2001 (de 18,2 mil km²/ano para 18,1 mil km²/ano).
Aécio: Investimento de Minas em segurança
Arte/Agência Pública
No programa eleitoral de terça-feira, a campanha de Aécio Neves (PSDB) afirmou:
"Com Aécio no governo, Minas foi o estado que mais investiu em segurança (13,9%, investimento proporcional ao orçamento – 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública)."
Diferentemente do que disse a campanha, nem sempre Minas Gerais foi o Estado que mais investiu em segurança no país, proporcionalmente ao orçamento, quando Aécio era governador. Isso ocorreu em quatro anos. Os dados dos sete anuários produzidos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública cobrem seis (2005 a 2010) dos oito anos do governo de Aécio Neves (2003 a 2010).
Como a entidade surgiu em 2006 e o primeiro anuário saiu em 2007, não houve levantamentos para 2003 e 2004. Minas Gerais liderou os gastos em segurança em 2005 (13,1%), 2006 (13,5%), 2007 (13,2%) e 2010 (13,4%). Em 2008, contudo, ficou em terceiro lugar (12,6%), atrás de Alagoas (13,6%) e Rondônia (13%). Em 2009, ficou na segunda posição (14%), atrás de Alagoas (14,2%).
Já o número exibido pela campanha em um infográfico não corresponde a nenhum dos anos de Aécio no governo de Minas Gerais. O investimento de 13,9%, que consta no 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, foi feito em 2012, quando Aécio ocupava o cargo de senador - o governador era Antônio Anastasia.
Dilma: Obras do governo federal no Rio de Janeiro
Arte/Agência Pública
No horário eleitoral da última quinta-feira (11), a propaganda de Dilma diz:
"Rio de Janeiro: Dilma está realizando um conjunto impressionante de obras, como o Arco Metropolitano e o BRT Transcarioca, e a construção da Linha 4 do metrô e do VLT entre o centro e a zona portuária."
Afirmar que as obras são uma realização de Dilma não está correto, pois os empreendimentos são feitos em parcerias com o governo do Rio de Janeiro, com a prefeitura da capital e com a iniciativa privada, por meio de PPPs (parcerias público-privadas). Parte dos recursos, sim, são federais, provenientes de diferentes fontes.
O Arco Metropolitano foi construído com recursos do governo federal e do Estado, que somam R$ 1,9 bilhão. A União investiu R$ 340,6 milhões no empreendimento entre 2007 e 2010. O investimento total previsto para o governo Dilma (2011 a 2014) é R$ 742,2 milhões, de acordo com o 10° balanço do PAC 2. 
Já o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) está orçado em R$ 1,1 bilhão, incluindo R$ 578,3 milhões do governo federal (cerca de R$ 300 milhões oriundos de financiamento do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Dos R$ 8,5 bilhões previstos para a construção da Linha 4 do metrô, R$ 4,3 bilhões foram emprestados pelo BNDES. Para viabilizar o BRT Transcarioca, o BNDES emprestou R$ 1,1 bilhão, enquanto a prefeitura do Rio de Janeiro aportou R$ 403,2 milhões.
Assim, três das quatro obras citadas por Dilma como suas realizações no Rio possuem recursos do BNDES. Mas sempre é válido lembrar que, às vésperas da Copa do Mundo, o governo federal fez questão de dissociar financiamentos do BNDES de "investimentos federais".  Para rebater críticas em relação à destinação de recursos do banco aos estádios, o Planalto argumentava que a verba deveria ser considerada como fruto de empréstimos bancários, apenas, e que voltaria aos cofres públicos.
Marina: Estados governados pelo PSB melhoram no Ideb
Arte/Agência Pública
No programa eleitoral do último dia 6, Marina afirma:
"Ontem foi divulgado o índice que mede o desempenho da educação no Brasil. Dos 27 estados brasileiros, o ensino médio piorou em 16. Dos que mais melhoraram, quatro são governados pelo PSB."
Marina Silva refere-se à avaliação do Ideb para as redes públicas estaduais no Ensino Médio. Somente nove estados tiveram melhora nesse índice.
Destes, os cinco que "mais melhoraram" foram Pernambuco (de 3,1 para 3,6), Rio de Janeiro (de 3,2 para 3,6), Rio Grande do Sul (de 3,4 para 3,7), Goiás (de 3,6 para 3,8) e Distrito Federal (de 3,1 para 3,3). Somente um deles, Pernambuco, é governado pelo PSB. Os outros três estados governados pelo partido que tiveram melhora no Ideb foram Espírito Santo, Piauí e Paraíba, com evolução de 0,1 em seus índices.
Aécio: Educação em Minas Gerais
Alexandre De Maio/Agência Pública
No horário eleitoral da última quinta, Aécio diz:
"Em Minas eu priorizei a educação. Nós estabelecemos metas e premiamos o esforço de quem trabalhava bem. O aluno aprendeu mais, atingiu as metas. Professores, servidores, todos envolvidos naquela ação recebem um salário a mais no final do ano."
De fato, em 2004, no segundo ano do seu governo, Aécio Neves implantou o programa Acordo de Resultados, que paga bônus para servidores públicos que alcancem metas. Entretanto, na educação, o primeiro pagamento só saiu em 2008. E mais: durante o governo de Aécio, e mesmo do seu sucessor, Antônio Anastasia (PSDB), os professores da rede estadual questionaram diversas vezes a remuneração da categoria.
Primeiro, os educadores reivindicaram o cumprimento do piso salarial, sancionado por uma lei federal de 2008. Em 2010, após rodadas de negociação sem sucesso com Aécio, os professores entraram em greve oito dias após o governador deixar o cargo para entrar na disputa pelo Senado. Ela durou 47 dias.
As reivindicações dos professores se mantiveram com Anastasia e, no ano seguinte, houve uma nova greve por reajuste salarial.  A paralisação durou quatro meses e culminou em um confronto com a Polícia Militar em frente ao Palácio da Liberdade, onde estavam reunidos o então governador e o ex, Aécio Neves, em uma solenidade de inauguração de um cronômetro para a Copa do Mundo a portas fechadas.

domingo, 7 de setembro de 2014

O CALIFADO E O JIRAH - UM ALERTA PARA O CRISTÃOS

Califado (do árabe خلافة, transl. khilāfa) é a forma islâmica de governo que representa a unidade e liderança política do mundo islâmico. A posição de seu chefe de Estado, o califa, baseia-se na noção de um sucessor à autoridade política do profeta islâmico Maomé.


De acordo
com
 os sunitas, o califa deve, idealmente, ser um membro da tribo dos quraysh, eleito pelos muçulmanos ou por seus representantes;1 já para os xiitas, ele deve ser um imã que descenda diretamente da Ahl al-Bayt, a família do profeta Maomé.

Desde o advento do islã até 1924, diversas dinastias alternaram-se sucessivamente
no
 califado, incluindo os omíadas, que foram expulsos de Damasco para Córdoba, no al-Ândalus (Ibéria muçulmana), os abássidas, que governaram a partir de Bagdá, os fatímidas, que governaram a partir de Cairo, no Egito, e, finalmente, os otomanos.

O califado é a única forma de governo que tem total aprovação na teologia islâmica tradicional, e "é o conceito político central do islamismo sunita, por consenso da maioria muçulmana nos primeiros séculos."

Jirah...

Jiade1 ou Jihad2 (em árabe: جهاد; transl.: jihād) é um conceito essencial da religião islâmica e significa "empenho", "esforço". Pode ser entendida como uma luta, mediante vontade pessoal, de se buscar e conquistar a fé perfeita. Ao contrário do que muitos pensam, jihad não significa "Guerra Santa", nome dado pelos Europeus às lutas religiosas na Idade Média (por exemplo: Cruzadas) por mimetismo com o contacto com um Islão que, durante 500 anos antes destas, invadira metade do mundo cristão. Aquele que segue a Jihad é conhecido como Mujahid.

A explicação quanto as duas formas de Jihad não está presente no Alcorão, mas sim nos ditos de Maomé: Uma, a "Jihad Maior", é descrita como uma luta do indivíduo consigo mesmo, pelo domínio da alma; e a outra: a "Jihad Menor", é descrita como um esforço que os muçulmanos fazem para levar a teoria do Islã a outras pessoas.

Veja o Video:



Fonte: Tratado Teologico

domingo, 31 de agosto de 2014

Boko Haram invade cultos e decapita crianças cristãs


boko haram
A mais recente onde de ataque do grupo extremista islâmico Boko Haram tem como objetivo decretar um Estado Islâmico independente dentro da Nigéria. Para isso, eles mataram todos os cristãos residentes na área que puderam.
Segundo agências internacionais, o número chega a milhares. As aldeias na região noroeste do país foram invadidas, as igrejas incendiadas, homens foram mortos e suas mulheres sequestradas, uma prática conhecida do grupo.
Mais de 100 militantes invadiram as aldeias predominantemente cristãs no momento em que o culto de domingo se iniciava. Abriram fogo contra os moradores que estavam nos templos e, empunhando seus facões, começaram a matança. Muitos cristãos foram decapitados e suas mulheres estupradas. Há registros de várias que foram sequestradas e forçadas a se “casar” com os guerrilheiros do Boko Haran. Há registro de várias crianças que foram mortas e decapitadas.
Sawaltha Wandala, 55, chegava para o culto quando viu um militante jogar uma criança de uns seis anos, aparentemente morta, dentro de uma vala. O ancião se aproximou e viu que a criança ainda estava viva. Tomou-a no colo e correu em direção ao hospital em busca de socorro.
De repente, foi parado por cinco militantes que arrancando a criança dos seus braços, e cortaram sua cabeça em pedaços diante de seus olhos. Depois, agrediram Wandala com pedaços de pau e bateram com uma pedra em sua cabeça. Ele desmaiou. Pensando que estava morto, foi deixado pelos muçulmanos.
Cenas parecidas se repetiram em quase todas as aldeias do distrito de Gwoza. Muitos cristãos fugiram pela fronteira para a vizinha República dos Camarões. Um deles foi John Yakubu, que juntamente com sua família tentou encontrar abrigo. Dias depois, ele voltou para a aldeia de Attagara para tentar recuperar alguns de seus animais.
Chegando em casa, pegou seus poucos pertences, incluindo a Bíblia da família. Ao ser surpreendido por soldados do Boko Haram, foi lhe dada uma escolha: “Você precisa se converter ao islamismo, ou então terá uma morte dolorosa.”
John recusou a oferta. Amarraram seus pés e mãos a uma árvore e o torturaram. Faziam cortes profundos nas mãos de John e zombavam da sua fé: “Você pode se tornar um muçulmano agora?” Ele simplesmente respondia: “Vocês podem matar meu corpo, mas não matarão a minha alma!”
Após vários ferimentos pelo corpo, com facas e até um machado, John sangrou muito, até perder a consciência. Os terroristas o abandonaram para morrer. Após três dias, ele foi resgatado e levado para um hospital, onde permaneceu em coma.
Um obreiro da Missão Voz dos Mártires, encontrou John no hospital. Perguntou-lhe qual era o seu sentimento em relação a seus agressores. A resposta de John foi surpreendente: “Eu já perdoei os muçulmanos. Eles não sabem o que estão fazendo.” Com informações Persecution, Christian Today e Daily Post
Fonte: Gospel Prime

Mais da metade dos divorciados se arrepende, diz pesquisa


casalinternet
Uma pesquisa realizada no Reino Unido mostra que mais da metade dos divorciados se arrepende de terem desistido do relacionamento. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas, entre homens e mulheres, que estavam divorciados, ao serem questionados se o divórcio foi a escolha certa 54% deles disseram que não.
O arrependimento é tanto que 42% deles consideraram dar uma nova chance ao relacionamento e 21% destes voltaram para seus ex-companheiros. O jornal Extra conversou com a terapeuta de casais Daniela Ervolino que revelou situações parecidas com as reveladas na pesquisa no Brasil.
“Muitos casais se separam por impulso. Cada vez mais as pessoas querem resolver tudo instantaneamente e têm menos paciência para se dedicar ao relacionamento”, afirma.
A terapeuta entende que o arrependimento pelo divórcio acontece pele falta de diálogo na relação. “As pessoas não conversam sobre os problemas por medo de iniciar uma discussão, por preguiça e por achar que o outro já deveria saber determinada coisa. Falar e ouvir é fundamental”.
O jornal ainda levantou as dez principais razões que geram arrependimento: Sentir falta do ex, sentir-se um fracasso, ainda estar apaixonado pelo ex, perceber que o casal não foi razoável na decisão, sentir-se solitário, descobrir que ‘a grama do vizinho nem sempre é mais verde’, ver o ex com um novo parceiro, perceber que os dois são melhores juntos que separados, ter prejuízo no relacionamento com os filhos, ver que a vida dos filhos foi afetada.
Fonte: Gospel Prime

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Versículos Bíblicos Que Não Existem, Mas Que São Usados em Pregações

1. Onde está seu coração, ali está o seu tesouro.

Este versículo é tão usado pelos presbíteros, e citado pelos cristãos em geral, que é difícil encontrar alguém que identifique sua falsidade. De forma que podemos considerá-lo até como um aspirante a versículo. Na verdade, a maioria dos evangélicos acredita que, tão certo quanto o fato de Deus ser composto por três Pessoas, estas palavras são da própria Bíblia. A confecção deste texto inverídico deve ter sido feita após uma leitura desatenta do Sermão da Montanha, especificamente na parte em que o Mestre prega sobre o ajuntamento ilícito de riquezas na terra. Repare a diferença entre o trecho original e o texto distorcido pelos homens:

Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. (Mt 6.21)

Os descuidados invertem o dito do Senhor Jesus: colocam coração onde está escrito tesouro e põe tesouro onde está escrito coração. Isso para que dê a aparência de que Cristo ensinava que não importa a quantidade de bens materiais que a pessoa possua: bastaria ela colocar o coração em Deus que estaria tudo resolvido.

O que Jesus disse, realmente, é que nós podemos saber onde está o coração de uma pessoa observando onde ela ajunta suas riquezas: no céu ou na terra.

Vale lembrar que isso não condena o enriquecimento material, defendido como uma bênção divina em toda a Bíblia (Ec 5.19; 1Tm 6.17). O Messias estava apenas usando um recurso semítico de linguagem, comum na Bíblia, onde o lado natural era enfraquecido para enfatizar o lado espiritual. Por exemplo:

a) "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna..." (Jo 6.27)

Será que Jesus estava condenando o hábito de trabalhar pelo sustento material, ou Ele queria apenas dar importância ao ato de buscar as coisas de Deus? Outro exemplo do recurso semítico usado por Jesus é encontrado no Antigo Testamento, onde José diz:

b) "...não fostes vós que me enviastes para cá, e, sim, Deus" (Gn 45.8)

Assim, poderíamos concluir que os irmãos de José não o mandaram para Egito. Mas, quatro versículos antes, ele havia dito: "Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito." (vs. 4) Pregando sobre a forma de amar aos semelhantes, o apóstolo João declara:

c) "Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)

Fica claro que João não desejava proibir o uso de palavras no exercício do amor, mas somente afirmar que o amor não pode se limitar ao uso delas. De qualquer forma, não devemos e não podemos criar textos bíblicos para defender o ajuntamento de riquezas terrenas, pois a própria se encarrega de fazer tal defesa em inúmeras outras porções.

2. A fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus.

Igual ao versículo anterior, esta frase é corriqueiramente declarada aqui e ali, sempre que o assunto tocado é fé. Ele é tão engenhosamente elaborado que muitos homens e mulheres de Deus o soltam de vez em quando, crendo piamente de que estão proferindo a Palavra de Deus. Na verdade, o que a Bíblia ensina é:

De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus. (Rm 10.17) [ARC]
O apóstolo dos gentios está afirmando que o ouvir é produzido pela Palavra de Deus, e que é por esse ouvir que vêm a fé. É bem diferente do que os descuidados fazem a Bíblia parecer ensinar, pois, conforme a pérola pseudo-escriturística que eles criaram, é o ouvir do homem que gera a fé. Para entender melhor a diferença entre as versões de Rm 10.17, veja o que diz a Revista e Atualizada:

E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.

A palavra ouvir, empregada em várias traduções, tem o sentido de entender, compreender a mensagem do evangelho, por meio da pregação expositiva, e não ao mero ato de escutar.

3. Os anjos queriam pregar o Evangelho, mas Deus reservou esta tarefa aos homens.

É difícil entender de onde se originou esta tese teológica. Ela é tão espalhada pelas igrejas que se tornou quase um adendo popular à Bíblia, um versículo extraído da cartola mágica cada vez que se fala sobre a necessidade de levar as boas-novas aos perdidos. Apesar da raiz desta árvore infrutuosa não ser de tão fácil identificação, podemos sugerir que ela se encontra nas palavras de Pedro, o apóstolo dos judeus:

A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar. (1Pe 1.12)

Talvez alguém que não conhece o sentido do termo perscrutar tenha lido o texto e daí tirado uma falsa conclusão, imaginando que o pescador de homens teria escrito que as coisas que os anjos anelam perscrutar é a atividade da pregação, e que perscrutar significa fazer. Embora seja essencial conhecer o sentido dos termos usados na Bíblia, o indivíduo que fez o versículo abíblico, que estamos desmascarando, vir à luz, não precisava recorrer ao dicionário para interpretar adequadamente o escrito de Pedro.

Veja o que diz a Revista e Corrigida:

..para as quais coisas os anjos desejam bem atentar.

A tradução dos monges de Maredsous reza:

Revelações estas, que os próprios anjos desejam contemplar.

O que os seres celestiais desejam receber são as revelações proféticas de Deus, e não o encargo de levar o evangelho aos pecadores.

4. E vi uma taça de ouro no céu. E perguntei: Que é isso, meu senhor? E me respondeu: Lágrimas de santos.

Diferentemente das revelações divinas que os anjos queriam conhecer, as invenções humanas que vimos até aqui são pérolas baratas, recolhidas nas águas rasas do relaxo para com a Palavra de Deus. O pseudo-versículo transcrito acima foi citado duas ou três vezes por um querido pastor, a quem considero como grande pregador, e que possui uma igreja de tamanho médio, o que prova que ninguém está livre de soltar das suas furadas de vez em quando.

Este presbítero afirmou, com uma certeza tão segura quanto sua fé na auto-existência de Deus, que o diálogo acima foi tecido durante uma visão do apóstolo João, no livro de Apocalipse. Por incrível que pareça, ele não se preocupou em procurar este texto na Bíblia, quer antes de citá-lo, quer após, na repetição de seu erro. O mais próximo que lemos no livro das revelações ao que o referido pastor disse é o que segue:

E, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. (Ap 5.8)


Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras brancas, que são e donde vieram? Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro (...) E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.(Ap 7.13,14,17)
A junção desalinhada destes versículos deve ter resultado naquela prole híbrida que, infelizmente, foi apresentada no púlpito daquela congregação ao povo que ali estava, como sendo a Palavra de Deus. Resta saber quem foi o pai da criança, o qual não apareceu na apresentação da bastarda.

5. Ficai em Jerusalém até que seja glorificado do alto.

Igual ao versículo anterior, esta muamba é o resultado da fusão de dois textos inspirados. O que o torna mais abominável que todos os outros é que tem, em sua genealogia, um problema semelhante ao visto na distorção de 1Pe 1.12: a falta de compreensão acerca de uma determinada palavra.

Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de águas vivas. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado. (Jo 3.37-39)


E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes (At 1.4)

Durante um estudo bíblico que ocorria em uma célula um certo rapaz, a quem estimo e tenho como um servo de Deus, disse que havia uma parte da Bíblia em que Jesus aconselhava seus apóstolos a ficarem em Jerusalém até que Ele fosse glorificado, ocasião em que o Espírito Santo desceria sobre eles. De acordo com aquele jovem, isso significava que Cristo ficou esperando que os discípulos o louvassem, glorificando-o, a fim de que o batismo no Espírito Santo fosse concedido a eles. Na realidade, o apóstolo do amor, em sua biografia de Jesus, não empregou a palavra glorificado com o sentido de elogiado ou louvado. Eles quis dizer que Jesus, como homem, ainda não havia sido engrandecido, ou exaltado, o que só ocorreria quando fosse levado à presença de Deus, a fim de se sentar ao lado do trono e ser reconhecido como Deus por Sua criação (Fp 2.9-11; cf. Is 45.23).

Confira o que a Bíblia na Linguagem de Hoje verte em Jo 7.39:

Jesus estava falando a respeito do Espírito Santo, que aqueles que criam nele iriam receber. Essas pessoas não tinham recebido o Espírito porque Jesus ainda não havia voltado para a presença gloriosa de Deus.

O apóstolo Pedro confirmou que Cristo foi glorificado por Deus, na ocasião de sua assunção e exaltação divina:
Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. (...) Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. (At 2.33,36)

6. Toda a terra se encherá da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar.

Esta passagem fictícia é muito bonita – existe até uma canção que entoamos sobre ela em minha igreja – mas não faz parte dos escritos inspirados. Na realidade, o que a Bíblia afirma é:

Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar. (Is 11.9)


Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar. (Hc 2.14)

Como se vê, em momento algum se afirma que a terra se encherá da glória do Senhor. E isso para o desgosto dos que, mesmo com dezenas de anos de Evangelho nos ombros, tinham a frase supra-citada como sendo uma autêntica profecia divina.

7. E Moisés disse: Que hei de fazer, Senhor? Pois eis que os egípcios se reúnem contra mim e contra este povo, a quem escolheste. E o Senhor disse a Moisés: Toca na águas.

Deus não ordenou que Moisés tocasse no mar, e, realmente, não foi isso o que este profeta fez. Leia o relato singelo que se contrasta com a idéia exposta acima:

Disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta o teu bordão, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar seco.(...) Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Senhor, por um forte vento oriental que soprou toda aquela noite, fez retirar-se o mar, que se tornou terra seca, e as águas foram divididas. (Êx 14.15,16,21)

Para quem possui dúvidas, basta atentar em que Moisés dividiu o mar não pelo toque de seu bordão na água do mar, mas pelo fato de estendê-lo sobre a água, fazendo com que um vento leste soprasse por toda a noite até dividir aquela massa líquida, que teria se juntado ao sangue hebreu caso Deus não houvesse intervindo com tal milagre (que, repetindo, não envolveu nenhum toque de vara).

Parece que há pessoas que não gostam do legislador de Israel, pois, como se não bastasse ele haver tocado na pedra para dela extrair água – desobedecendo à ordem de Deus para somente falar à pedra –, ainda querem fazê-lo incorrer em um delito de igual gravidade. Deste jeito, não era nem preciso esperar chegar nos limites de Canaã: nem mesmo da terra do Egito o escolhido de Deus teria passado. Tsc, tsc, tsc...

8. Jovens, vós sois a força da igreja.

A fim de defender a importância dos cristãos jovens, um querido e dedicado líder de igreja tinha por costume citar este versículo, a fim de dizer que eles seriam o motor do Corpo de Cristo. Isso é uma distorção grosseira e irresponsável da Palavra de Deus, que afirma algo muito diferente, porém também honroso acerca dos jovens convertidos do 1º século:

Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno. (1Jo 2.14c)

Oremos fervorosamente para que os jovens da Igreja Contemporânea também exibam estas três características, removendo e enterrando o que é velho (cf. At 5.5,6) para dar lugar às coisas novas do Senhor, uma nova porção do Espírito que caia como vinho fresco sobre a Igreja (Lc 5.37-39; Ef 5.18), abundando em conhecimento da Palavra (Mt 13.51,52; 1Jo 2.20,27), para que esta venha a ter cumprimento: ...e os jovens terão visões (At 2.17).

9. E, aconteceu que, subindo a arca do Senhor a Jerusalém, ao som da harpa, do alaúde e da cítara, Davi dançava no Espírito, com todas as suas forças.

Hoje em dia, há pessoas que não aceitam o que a Bíblia ensina, em sua totalidade, acerca do louvor a Deus. Apesar de tão espirituais, elas são atingidas por uma micalite aguda (cf. 2Sm 6.20), que soa como um gongo pseudo-moralista toda vez que, numa reunião de culto, um crente se coloca a expressar sua gratidão e alegria ao Senhor usando todo o seu corpo, além dos lábios e das mãos. Para disfarçar essa mentalidade carnal, alguns afirmam que Davi – e também a profetiza Miriã –, dançou tomado pelo Espírito Santo, em uma ocasião única e inigualável, ignorando outras porções escriturísticas (Jz 21.19,20; Sl 149.3; 150.4; At 3.8).

É certo que o rei hebreu dançou mesmo no Espírito. Afinal, tudo o que os servos de Deus fazem é sob a direção Dele.

Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito. (Gl 5.25)

Se a dança davídica não fosse espiritual, o Senhor não teria se agradado dela, da mesma forma que Ele não se agrada quando alguém lhe entoa um cântico na carne, sem meios de render-lhe sacrifícios de louvor com os lábios (Hb 13.15).

Mas afirmar que o rei foi possuído por Deus enquanto levava a arca, dançando em estado de êxtase, é forçar o que está escrito e ir além da verdade – embora estas experiências fossem comuns entre os profetas daquele tempo.

10. Tocava Davi sua harpa no palácio de Saul. E havia que, subindo sua adoração ao Senhor, o rei era liberto do espírito que o atormentava.

Esse é um dos maiores mitos disseminados entre os evangélicos. As Escrituras não afirmam que Davi louvava a Deus perante o rei Saul, e tampouco que o demônio saía deste em razão da sua adoração ungida. Na verdade, os toques do jovem israelita, dedilhando as cordas de seu instrumento, acalmava a mente perturbada do monarca, causando-lhe um efeito terapêutico. Isso era meramente paliativo, pois o espírito voltava a atacar periodicamente, necessitando que Davi tocasse novamente para reverter o estado frenético em que o rei d’Israel ficava ao ser controlado por aquele demônio de loucura.

E sucedia que, quando o espírito maligno, da parte de Deus, vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a dedilhava; então, Saul sentia alivio e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele. (1Sm 16.23)
Isso revela que, muitas vezes, métodos humanos podem surtir efeitos benéficos sobre vítimas de espíritos de cegueira, epilepsia, mudez, transtornos mentais, e outros.


11. Não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução; antes, embriagai-vos com o Espírito Santo.

Esse é usado para defender as experiências de êxtase, nas quais os crentes balançam, caem, riem e fazem outras coisas mais. É uma tolice recorrer a uma invencionice tão descarada para embasar estas coisas. Há textos verídicos que abrem espaço para crermos que o Espírito Santo pode fazer as pessoas ficarem como ébrias. Para saber mais sobre isso, consulte o estudo As Escrituras e os Êxtases Espirituais".

12. Em verdade, em verdade vos digo: o diabo vem para matar, roubar e destruir. Mas eu vim para tenhais vida, e vida em abundância.
O ladrão não vem senão para matar, roubar e destruir. Mas eu vim para que tenhais vida, e vida em abundância. (Jo 10.10)

Quem é o ladrão que mata, rouba e destrói? O contexto clarifica a identidade de tal personagem:

Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram. (vs. 8)

No vs. 10, Cristo não está especificando uma pessoa em particular como ladrão supremo, que seria Satanás, mas afirmando um conceito genérico: uma pessoa que recebe o título de ladrão tem por ocupação a apropriação total do bem alheio, mesmo que isso inclua roubar, destruir e matar aos outros. Contrariamente a isso, Jesus não é ladrão, pois Sua obra é o oposto disso: trazer a vida abundante, que é a vida eterna, espiritual. Em momento algum o Mestre cita a existência ou atuação do diabo.

13. Buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas.

14. Vós escolhestes a Saul sobre vós e vossos filhos, mas eu, o Senhor, não o escolhi; eis agora a Davi, homem segundo o meu coração, a quem tirei do aprisco de seu pai para reinar em Israel.

15. Irmãos, não desfaleçais; pois nos últimos dias virá o enganador, transfigurado em anjo de luz, o diabo e Satanás, que seduzirá a terra inteira. Ele surgirá como homem, falando e enganando a muitos, mas os escolhidos não lhe darão crédito.

16. E Sansão crescia em força e graça diante do povo de Israel; e era o varão mais forte de toda a terra, pois ninguém se igualava a ele entre os hebreus, os filisteus, os egípcios ou dos do lado da banda do oriente.

17. Aproveitando o sono de seu marido, Dalila foi e cortou-lhe as madeixas da cabeça, nas quais não passara navalha desde o nascimento; pelo que perdeu ele suas forças.

18. E, após os apóstolos terem visto o Senhor manifestado, chegou Tomé ao lugar em que estavam reunidos; contando-lhe os discípulos que o Senhor ressuscitara, e que havia aparecido a eles, não creu ele, pois era incrédulo, e duro de coração.

19. Vigiando em todo o tempo acerca do vosso falar e do vosso trato com os outros, pois Satanás anda em derredor, anotando nossas palavras; vede, portanto, que vossos dizeres não sejam usados para condenação, mas para glória no Dia do Senhor Jesus.

20. Acautelai-vos, pois Satanás, vosso inimigo, aguarda o momento de vosso desânimo para vos arrastar para o inferno, onde há pranto e ranger de dentes.

21. O diabo marca toda palavra que falamos.

22. E aconteceu que, com a pregação de Pedro, mais de três mil almas se converteram no dia de Pentecostes.

Com certeza, muitos outros versículos falseados tem aparecido pelo mundo afora. Estes são os que conheci até hoje, sem contar as conclusões totalmente infundadas que alguns têm feito sobre textos bíblicos, tais como:

a) Pregar que Jesus levou nossas doenças físicas, baseando-se em Is 53.4,5, que é uma profecia do Antigo Testamento, que deveria ser interpretada à luz do Novo Testamento, em Mt 8.16,17 e 1Pe 2.24;

b) Ensinar que a prosperidade é um direito dos cristãos, com base nas promessas de Dt 28.1-14, enquanto as instruções sobre as guerras aos cananeus são espiritualizadas;

c) Isolar o texto de Dt 6.4 para negar a pluralidade de Pessoas na unidade de Deus, enquanto o Novo Testamento ensina que essa unicidade é formada por o Pai, a Palavra e o Espírito Santo (1Jo 5.7, Almeida), sendo que o próprio Antigo Testamento já deixa isso implícito (Gn 1.26 c.c. Is 44.24).

Além disso, ouvimos também as frases engraçadas, que são facilmente identificadas por qualquer conhecedor mediano das Escrituras:

Se ajude, e Eu te ajudarei.

Quem pariu Mateus que o cuide.
E por aí vai.


Por: Rafael Gabas Thomé de Souza