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quarta-feira, 25 de julho de 2012

O evangelho da cruz e a teologia da prosperidade

A chamada “Teologia da Prosperidade”, propagada hoje no Brasil por alguns segmentos evangélicos, tem enfatizado que seguir a Jesus é automaticamente candidatar-se a a uma vida de sucesso financeiro, de projeção social e quase imunidade a qualquer tipo de sofrimento. Na verdade, até mais do que isto, segundo tal proposta, todo cristão tem o direito de reivindicar e até exigir de Deus a satisfação de seus desejos pessoais. Esta mensagem pode ser resumida nas seguintes palavras:
A “teologia da prosperidade” está trazendo o celeste porvir para o terrestre presente. Para comermos a melhor comida, para vestirmos as melhores roupas, para dirigirmos os melhores carros, para termos o melhor de todas as coisas, para adquirirmos muitas riquezas, para não adoecermos nunca, para não sofrermos qualquer acidente, para morrermos entre 70 e 80 anos, para experimentarmos uma morte suave. Basta crermos no coração e decretarmos em voz alta a posse de tudo isso. Basta usar o nome de Jesus com a mesma liberdade com que usamos nosso talão de cheques”.2
Tais aspectos suscitam uma inevitável questão: que lugar existe para a mensagem da cruz neste modelo de cristianismo? Ou ainda, diante dos relatos que serão apresentados, a seguir, se poderia perguntar: será que estes mártires do cristianismo primitivo, caso vivessem em nossos dias, seriam aceitos como membros destas grejas que abraçaram o ensinamento deste modelo de teologia? Deixemos, então, que os próprios relatos da história nos fale.
No primeiro século de sua existência, a igreja neotestamentária se encontrava instalada nas dimensões do império romano. Devido a profissão de fé que os cristãos faziam em Jesus Cristo, e às reivindicações do evangelho libertador por eles pregado àquele mundo fundado num sistema de de abuso de poder e opressão, os conflitos com o Império foram invevitáveis.
O primeiro imperador a iniciar uma ostensiva perseguição ao cristianismo foi Nero (54-68). Após o incêndio na cidade de Roma, no ano 64, a mando do próprio imperador, quando dez dos quatorze bairros foram destruídos, os cristãos passaram a ser acusados como culpados por tal episódio, sofrendo por isso atroz perseguição. Tácito, historiador antigo, descreve as atitudes tomadas:
Além de matá-los (aos cristãos) fê-los servir de diversão para o público. Vestiu-os em peles de animais para que os cachorros os matassem a dentadas. Outros foram crucificados. E a outros acendeu-lhes fogo ao cair da noite para que a iluminassem. Nero fez que se abrissem seus jardins para esta exibição, e no circo3 ele mesmo ofereceu um espetáculo pois se misturava com as multidões disfarçado de condutor de carruagem.4
Dados históricos e informações preservadas pela tradição antiga referentes ao que ocorrera com os apóstolos e outros importantes líderes do cristianismo em seus primórdios, também nos ajudam a entender que o compromisso com o caminho da cruz foi levado até as últimas conseqüências. Muitos foram submetidos ao martírio por causa do evangelho de Cristo. Vejamos primeiramente alguns exemplos envolvendo aqueles que fizeram parte dos doze discípulos chamados por Jesus ( Marcos 3:13-19).
André: após a morte e ressurreição de Jesus, foi pregar o evangelho na região do Mar Negro (hoje parte da Rússia); depois, segundo a tradição, pregou na Grécia, em Acaia, onde foi martirizado numa cruz em forma de “X”. Daí, este instrumento de tortura ter ficado conhecido como “cruz de Santo André”5.
Bartolomeu: pregou inicialmente na Arábia, depois Etiópia, e por fim, ao lado de Tomé, atuou como missionário na Índia, onde foi martirizado.6
Filipe: atribui-se a este apóstolo a fundação da igreja de Bizâncio, cidade mais tarde conhecida como Constantinopla. Posteriormente, pregou o evangelho na Ásia Menor, na região de Hierápolis, onde convertera-se a mulher de um cônsul romano pela sua pregação. O cônsul, então furioso por este episódio, mandou prender a Filipe e matá-lo de forma cruel7.
Para o lugar de Judas Iscariotes, que suicidou-se, a igreja primitiva escolheu Matias como seu substituto (Atos 1:21-26). Segundo a tradição, Matias se tornou missionário na Síria, onde acabou sendo queimado numa fogueira por causa do evangelho8.
Judas Tadeu: segundo a tradição, pregou na Pérsia, onde também foi martirizado.9
Mateus: desenvolveu grande parte de seu ministério pastoreando a igreja de Antioquia, onde também escreveu o seu evangelho. Dirigiu-se posteriormente para a Etiópia, onde veio a ser martirizado por causa da pregação.10
Pedro: depois de exercer importante liderança na igreja de Jerusalém, este apóstolo transferiu-se para a cidade de Roma, capital do Império. No ano 67, durante perseguição imposta por Nero, Pedro foi preso e condenado a morrer crucificado. Relatos do segundo século afirmam que o apóstolo, antes de sua execução, disse que não era digno de morrer como morrera Jesus, o seu Senhor, e pediu para que fosse crucificado de cabeça para baixo, e assim ocorreu.11
Paulo: considerado um apóstolo “nascido fora de tempo” (I Cor. 15:8), tornara-se o grande líder da igreja entre os gentios e propagador da “mensagem da cruz” (I Cor. 1:18-23). Uma carta de Clemente de Roma, no segundo século, testifica o que ocorrera com este apóstolo:
Paulo esteve preso 7 vezes; foi chicoteado, apedrejado; pregou tanto no Oriente quanto no Ocidente, deixando atrás de si a gloriosa fama de sua fé; e assim, tendo ensinado justiça ao mundo inteiro, e tendo para esse fim viajado até os mais longínquos confins do Ocidente, sofreu por fim o martírio por ordens dos governadores, e partiu deste mundo para ir ocupar o seu santo lugar.12
No ano 67, quando da perseguição movida por Nero, Paulo foi preso e levado a Roma, onde recebera o martírio. Pelo fato de possuir cidadania romana, este apóstolo não poderia ser crucificado (algo por demais humilhante para o cidadão romano) e por isso deram-lhe como sentença a decapitação (morte instantânea). A tradição conservou de forma reverente o lugar da execução deste apóstolo, juntamente com Pedro: “Desde a mais alta antiguidade, a igreja romana celebrou juntos os martírios de Pedro e de Paulo no dia 29 de junho”.13
Simão Zelote: desenvolveu seu ministério de evangelização na Pérsia, onde o culto ao deus Mithras (deus Sol) estava extremamente desenvolvido. Devido a conflitos com seguidores de Mithras, acabou sendo morto por se negar a oferecer sacrifício a esta divindade14.
Tiago (Filho de Alfeu): pregou o evangelho na Síria. Segundo o historiador antigo Flávio Josefo15, foi linchado e apedrejado até a morte16.
Tiago (filho de Zebedeu): segundo tradições antigas, citadas por Justo Gonzalez, este apóstolo desenvolveu um trabalho missionário na Espanha, pregando na região da Galícia e Zaragoza. “Seu êxito não foi notável, pois os naturais desses lugares se negaram a aceitar o evangelho”17. Ao regressar para Jerusalém, percorreu o caminho que deu origem ao lugar hoje conhecido como “Caminho de San Tiago de Compostela”18, na Espanha. Em Jerusalém, veio a ser preso, sendo em seguida, decapitado por ordem de Herodes Agripa, no ano 44 (Atos 12:1,2).
Tomé: segundo a tradição, desenvolveu sua atividade missionária inicialmente na Índia19. Dali, dirigiu-se para o Egito20, onde realizou importante trabalho entre os habitantes de língua copta, ministério este que deu origem à comunidade até hoje lá existente. A Igreja Cristã Copta, como é conhecida, está separada do catolicismo romano desde o IV século, tendo patriarcas em sua liderança.
João: este é, reconhecidamente pela tradição e pelos depoimentos do cristianismo antigo, o último apóstolo a morrer. Morreu na velhice, por volta do ano 100, na cidade de Éfeso, onde morava com sua família21. Este apóstolo desenvolveu o seu ministério na Ásia Menor onde foi preso nos anos 90, na época da intensa perseguição imposta pelo imperador Domiciano ao cristianismo, quando acabou deportado à ilha de Patmos22, no Mar Egeu, vindo a receber ali a revelação do Apocalipse, por volta do ano 96. Sendo solto posteriormente, permaneceu em Éfeso ensinando até ao final da sua vida23.
Além dos apóstolos, outros importantes líderes do cristianismo primitivo também deram a sua vida pela causa do evangelho. É o caso, por exemplo, de Tiago “o irmão do Senhor”, que exerceu importante liderança na igreja de Jerusalém. O historiador Flávio Josefo, que descreveu o sítio desta cidade pelo exército do general Tito, no ano 70, atribui a destruição de Jerusalém a um “juízo de Deus sobre os judeus pelo fato de terem assassinado a Tiago, o Justo.”24 Também o historiador da igreja, Eusébio, cita um escritor do segundo século, chamado Hegesipo, que descreve a morte de Tiago. Afirma este autor, que tinha se levantado um conflito entre os judeus convertidos e os descrentes a respeito de Jesus ser ou não o Messias, e pediram a Tiago que resolvesse a questão. “Os escribas e fariseus” – diz Hegesipo – “Colocaram Tiago de um lado do templo e exclamaram, dirigindo-se a ele: visto que o povo é levado em erro a seguir a Jesus que foi crucificado, declara-nos qual é a porta pela qual se chega a Jesus, o crucificado?”. Ao que ele respondeu em alta voz: “O Filho do Homem está agora assentado nos céus, à mão direita do grande poder e está para vir nas nuvens do céu”. E como muitos se gloriaram no testemunho de Tiago, estes mesmos sacerdotes e fariseus tomaram a decisão de levá-lo à parte alta do templo e de lá o lançaram abaixo, “passando em seguida a apedrejá-lo, visto não ter morrido logo que caiu no chão, enquanto, ajoelhando-se pedia o perdão de Deus aos seus agressores”. Deste modo ele sofreu o martírio25.
Também Timóteo, discípulo de Paulo, segundo testemunho de Nicéfero, no segundo século, “foi martirizado durante o reinado de Domiciano, no ano 96 a.D., em Éfeso, cidade onde morava quando o apóstolo lhe escreveu as duas cartas”26
Até ao terceiro século da era cristã a cruz realmente pautou a atuação da igreja. E é prova evidente disto o fato de tal período ter ficado conhecido como a “era dos mártires”. O historiador Justo Gonzalez descreve com precisão ainda outros fatos deste período, como por exemplo, o testemunho de fé demonstrado por Inácio de Antioquia. Discípulo do apóstolo João, viveu no período de 60 a 117 d.C. Tornou-se célebre pela fidelidade a Cristo em meio às perseguições que sofrera e às cadeias que enfrentou devido à fé que professava. Sendo levado a Roma, em algumas paradas obrigatórias, não se esquecia de escrever às igrejas que o recebiam ou lhe enviavam saudações. Pelo testemunho vivo de Jesus Cristo, Inácio está disposto a enfrentar a morte. E, a caminho do martírio, proferiu as seguintes palavras:
“Não quero apenas ser chamado de cristão, quero também me comportar como tal. Meu amor está crucificado. Não me agrada mais a comida corruptível… mas quero o plano de Deus que é a carne de Jesus Cristo… e seu sangue quero beber, que é bebida imperecível. Porque quando eu sofrer, serei livre em Jesus Cristo, e com ele ressuscitarei em liberdade. Sou trigo de Deus, e os dentes das feras hão de me moer, para que possa ser oferecido como pão limpo de Cristo”. 27
Não é diferente o exemplo de fé de Policarpo de Esmirna, o qual, diante da insistência das autoridades para que jurasse pelo imperador e maldissesse a Cristo, recebendo em troca disto a liberdade, respondeu: “vivi oitenta e seis anos servindo-lhe, e nenhum mal me fez, como poderia eu maldizer ao meu rei, que me salvou?” E estando atado já em meio à fogueira, Policarpo elevou os olhos ao céu e orou em voz alta:
Senhor Deus Soberano… dou-te graças, porque me consideraste digno deste momento, para que, junto a teus mártires, eu possa ser parte no cálice de Cristo. Por isso te bendigo e a te glorifico. Amém.28
As experiências de Inácio e Policarpo retratam bem a disposição dos cristãos de tal período em dar testemunho de sua fé em obediência a Jesus Cristo, até às últimas conseqüências. Para a igreja deste período, a ressurreição foi, sem dúvida, o impulso maior à perseverança e à fidelidade ao caminho da Cruz. Ao falar sobre martírios de cristãos, o teólogo Jürgen Moltmann afirma que
É Cristo que sofre através dos seus discípulos mártires, pois na Paixão apostólica pelo evangelho e pela nova criação está presente o próprio Cristo. Por isso os sofrimentos apostólicos, como perseguição, prisão, pobreza e fome, são também sofrimentos de Cristo e, como tais, dores de parto da nova criação. Paulo diz isto em 2 Cor.4:10 levando sempre no corpo o morrer de Jesus para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. Nestes sofrimentos do caminho da cruz, o mundo presente perece e nasce o novo mundo de Deus.29
Em nossos dias, a “palavra da cruz” parece continuar sendo “loucura” (1Cor.1:18) para alguns segmentos cristãos. Mas certamente a cruz, por mais paradoxal que possa parecer, continuará carregando em seu significado o mistério e o segredo da vida. “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a achará.” (Mc. 8:34,35)
Autor: Wander de Lara Proença
Doutor em História pela UNESP – SP; professor de História e Teologia da Faculdade Teológica Sul Americana, em Londrina; pastor presbiteriano; autor do livro “Cruz e Ressurreição”.
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(Leia mais sobre o assunto no livro “Cruz e Ressurreição”, do mesmo autor)
2Depoimentos de líderes evangélicos no Brasil adeptos da Teologia da Prosperidade. Cf. Revista Ultimato, série Cadernos Especiais, Mar/1994. p.5
3 O Coliseu Romano, local em que os cristãos eram martirizados, consistia num grande anfiteatro a céu aberto, com capacidade para 25 mil expectadores. Na parte subterrânea do mesmo, ficavam as jaulas com os leões famintos, os quais eram conduzidos por galerias até ao palco onde ocorriam as atrocidades.
4 Tácito, Anais 15:44; Cf. GONZALEZ, Justo. A Era dos Mártires. p. 56
5 Conciso Dicionário Bíblico. Rio de Janeiro: JUERP, 1985. p. 11. Bíblia de Estudo Alfalit. Rio de Janeiro: Vida, 1996. p. 44
6 Panteno de Alexandria, diz ter ido à Índia, no ano 190, e ter encontrado cristãos morando lá, os quais atribuíam a Bartolomeu e Tomé a origem do evangelho naquela região. Cf. ALMEIDA, J. Thomaz. As marcas de Cristo na História dos Homens. São Paulo: Hierograf, 1989. p.12
7 GONZALEZ, Justo. A Era dos mártires. São Paulo: Vida Nova,1986 p.42. Documentário em Vídeo: A Perseguição e o Triunfo da Igreja Primitiva – de Cristo a Constantino. (Parte I.). Prod: Gateway Films em Associação com Christian History Institute e Eo Television. São Paulo: REBORN – Distribuidora de Vídeo LTDA, 1990; Bíblia de Estudo Alfalit. Rio de Janeiro: Vida, 1996. p. 44
8 Cf. Documentário em Vídeo: A Perseguição e o Triunfo da Igreja Primitiva – de Cristo a Constantino. (Parte I.). Prod: Gateway Films em Associação com Christian History Institute e Eo Television. São Paulo: REBORN – Distribuidora de Vídeo LTDA, 1990
9 Bíblia de Estudo Alfalit. Rio de Janeiro: Vida, 1996. p. 44
10 Bíblia de Estudo Alfalit. Rio de Janeiro: Vida, 1996. p. 44
11 I Clemente, 5.6; Inácio, Rom. 4.3; Irineu, Contra as Heresias, 3.1.1; Eusébio, História Eclesiástica, 2.25-5-7. Cf. WALKER, W. História da Igreja Vol. 1. Rio de Janeiro: Juerp, 1985. p. 54
12 Cf. ANGLIN, W.; KNIGHT, A. História do Cristianismo. Rio de Janeiro: Casa Editora Evangélica, 1947. p. 13
13 COMBLIN, José. Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo. Petrópolis: Vozes, 1993.p.169,170. Também Pablo Richard afirma:” É seguro que Paulo e Pedro morreram mártires em Roma no tempo de Nero.” A origem do Cristianismo em Roma”. In: Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana. Petrópolis:Vozes,1998. p.146.
14 Cf. Documentário em Vídeo: A Perseguição e o Triunfo da Igreja Primitiva – de Cristo a Constantino. (Parte I.). Prod: Gateway Films em Associação com Christian History Institute e Eo Television. São Paulo: REBORN – Distribuidora de Vídeo LTDA, 1990.
15 Josefo, filho de um sacerdote judeu, nascido no ano 37, na Palestina, foi um dos líderes da revolta judaica contra Roma, no ano 66 d.C. Ao ser capturado pelos romanos e levado para a capital do Império, recebeu o nome de Flávio, vindo a se tornar um historiador da corte. Em seus escritos sobre a história dos judeus, faz importantes menções sobre a morte de Jesus, bem como de alguns dos apóstolos.
16 Cf. Documentário em Vídeo: A Perseguição e o Triunfo da Igreja Primitiva – de Cristo a Constantino. (Parte I.). Prod: Gateway Films em Associação com Christian History Institute e Eo Television. São Paulo: REBORN – Distribuidora de Vídeo LTDA, 1990
17 GONZALEZ, Justo. A Era dos Mártires. p. 43
18 Ainda hoje, místicos e peregrinos tentam refazer este caminho que fora percorrido pelo apóstolo, o qual tem, ao todo, uma extensão de aproximadamente 800 Km.
19 ALMEIDA, J. Thomaz. As Marcas de Cristo na História dos Homens. p. 12; GONZALEZ, Justo. A Era dos Mártires. p. 44
20 Em 1945, alguns lavradores escavaram, num velho cemitério de Nag Hammadi, no Egito, alguns potes de barro com manuscritos em caracteres coptas. Parte desses papiros encadernados em couro, foi usado pelos colonos para acender fogo; parte foi vendida e veio parar no museu copta do Cairo, onde esses manuscritos foram guardados durante 11 anos, sem que ninguém lhes desse maior importância. Mais tarde, alguns peritos examinaram cientificamente esses documentos, e verificaram que, além de outros manuscritos, esses papiros continham o Evangelho do Apóstolo Tomé, isto é, cópias do original que remontam ao século II da era cristã. Cf. ROHDEN, Humberto. O Quinto Evangelho: A Mensagem do Cristo Segundo Tomé. São Paulo: Martin Claret, 1997. p. 7
21 Cf. O Novo Dicionário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1990. Vol. II. p. 831. BROWN, Raymond E. As Igrejas dos Apóstolos. São Paulo: Paulinas, 1986. p. 13
22 GONZALEZ, Justo . A Era dos Mártires. p. 60
23 Uma tradição antiga afirma que antes de ser desterrado na ilha de Patmos, João fora levado como prisioneiro à cidade de Roma, onde foi condenado a morrer numa caldeira de azeite fervente, e que após ter sido imerso por três vezes nesta caldeira, absolutamente nada lhe aconteceu. Impressionadas com o fenômeno, as autoridades acharam por bem deportá-lo àquela ilha-prisão. Justo Gonzalez registra parte desta tradição, afirmando ser difícil delimitar onde termina o fato histórico e iniciam-se as imaginações lendárias. Cf. A Era dos Mártires. p. 41. Ver também Documentário em Vídeo: A Perseguição e o Triunfo da Igreja Primitiva – de Cristo a Constantino. (Parte I.). Prod: Gateway Films em Associação com Christian History Institute e Eo Television. São Paulo: REBORN – Distribuidora de Vídeo LTDA, 1990.
24 ANGLIN; KNIGHT, op. cit., p. 11
25 ANGLIN; KNIGHT, op. cit., p. 11,12
26 ANGLIN; KNIGHT, op. cit., p. 15
27GONZALEZ, Ibid. p. 66
28Ibid, p.72
29MOLTMANN, J. O Caminho de Jesus Cristo. Petrópolis: Vozes, 1993. p. 216.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Denúncia: evento LGBT em Brasília defende que crianças mexam sexualmente em outras do mesmo sexo

Denúncia: evento LGBT em Brasília defende que crianças mexam sexualmente em outras do mesmo sexo

Por Paulo Teixeira em 18 de junho de 2012
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Denúncia: evento LGBT em Brasília defende que crianças mexam sexualmente em outras do mesmo sexo
No dia 15 de maio deste ano foi realizado em Brasília o 9º Seminário LGBT.
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O encontro proposto pelo deputado Jean Wyllys (PSOL) teve a temática voltada a ‘crianças gays’ (vê se pode!) sob o tema “todas as infâncias são esperança” e foi realizado na Comissão de Direitos Humanos e de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados.
Além de discursos veementes pela volta do kit gay do MEC, proposto na época em que Fernando Haddad era Ministro (atual candidato do PT à prefeitura de SP), uma outra proposta enfocou que crianças sejam livres para conhecer sexualmente o corpo das outras, menina com menina, assim como menino com menino.
Deixem a crianças brincarem em paz. Isto as tornará adolescentes e adultos mais inteligentes e potencialmente mais perspicazes e no enfrentamento e na transformação do mundo que lhes deixamos como herança“, disse uma debatedora. Para ela, este tipo de ‘brincadeira’ não levará as crianças a serem homossexuais ou lésbicas.
Que loucura ‘científica’ e ‘sociológica’ é essa?
Deixar crianças do mesmo sexo ‘brincarem em paz‘, estimulando o órgão genital uma das outras, torná-lhes-á futuramente mais inteligentes?
O objetivo é tentar mostrar que os adultos homossexuais são mais inteligentes, uma raça superior, pois tiveram liberdade desde a infância e nunca foram reprimidos, com isto são mais livres para pensar e olhar o mundo de forma mais humana ?
É evidente que este tipo de discurso não se cerca de alicerce científico, nem mesmo fundamenta-se em aceitável estudo do comportamento social, mas trata-se de uma implícita mensagem subliminar, cujo fim é mostrar às crianças, com materiais como o kit gay, que somente serão inteligentes, no futuro, aquelas que desde cedo começarem a ter uma relação homossexual. Um verdadeiro ataque à inocência infantil.
Outras aberrações foram ditas no encontro (link do vídeo no fim deste artigo).
O deputado e ex-BBB Jean Wyllys aproveitou para alfinetar pastores e psicólogos cristãos. Ao referi-se aqueles que foram buscar ajuda por ‘estarem dentro do armário’, disse que estes caíram nas mãos de ‘psicólogos charlatães e pastores curandeiros’.
Em outro momento, o ex-BBB manifesta indignação quanto aos fundamentos bíblicos. Para ele, aqueles que se apegam à Bíblia, ao pé da letra, são fundamentalistas religiosos.
O que dizer então do texto abaixo?
“Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus”. (1 Co 6.9-10, versão NVI)
Pelo lógica do deputado, todo cristão que interpreta o texto citado, ipsis litteris, é um fundamentalista religioso. Logo, são extremistas religiosos.
Um outro ativista, ao comentar sobre pedofilia, citou que mais de 70% dos pedófilos são pessoas ligadas à família da criança abusada. Os outros 30%, segundo ele, talvez seja formado por pastores e padres.
Se alguém imagina que as ações homossexualistas propostas pelos ativistas gays, Brasil afora, são finitas, engana-se. As ações são nos três entes federativos – União, estados e municípios - e conta com apoio de grandes órgãos da imprensa, como também de diversos políticos.
Em São Paulo, por exemplo, os ativistas gays do PT exigem que Fernando Haddad (ex-ministro do MEC), candidato à prefeitura de São Paulo, adote o kit gay para crianças do ensino básico, como também a contratação de professores travestis. Para Haddad, caso vença as eleições, a exigência dos ativistas, em relação ao kit gay municipal, não será difícil de ser implementada, pois poderá aproveitar o ‘cacife’ adquirido durante a confecção do kit gay do MEC.
Quando assisti o vídeo fiquei pasmado, aterrorizado.
Nossas crianças precisam de ajuda e de apoio.
O que se espera agora é que a sociedade brasileira reaja a essa nefasta tentativa de atingir as crianças brasileiras, em particular aquelas que dependem do ensino público, foco dos materiais ‘didáticos’.

fonte: gospel+

INCOERÊNCIA e VERGONHA. Assembleia de Deus lançará manifesto público contra o ‘casamento gay’, mas … seus líderes vão apoiar candidato a Prefeito de SP que apoia a legalização

casamento gay
INCOERÊNCIA e VERGONHA. Assembleia de Deus lançará manifesto público contra o ‘casamento gay’, mas … seus líderes vão apoiar candidato a Prefeito de SP que apoia a legalização




Exatamente às 16h de hoje (09/jun), por sugestão do Presidente da CGADB – Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, Pr. José Wellington Bezerra da Costa, transformada em proposta pelo Pr. Sóstenes Cavalcanti da CEADER, foi aprovado por unanimidade, a elaboração em caráter de URGÊNCIA, o posicionamento oficial das Assembleias de Deus no Brasil, contra a legalização do ‘casamento’ entre pessoas do mesmo sexo.
Tal posicionamento deverá ser encaminhado às principais autoridades da nação, congresso nacional, bem como deverá ser publicado em nosso veículo oficial de comunicação, o Mensageiro da Paz, e nos principais órgãos de imprensa da nação.
Aprovado por unanimidade!
Fonte: Point Rhema
COMENTÁRIO:
A posição adotada pela liderança da maior denominação evangélica do Brasil, a Assembleia de Deus, apesar de atrasada, é louvável, mas ainda assim necessista ser mais abrangente.
Além de posicionar-se contra a legalização do ‘casamento gay’, a CGADB deveria também exigir dos candidatos aos cargos nos legislativos e executivos, a serem apoiados pela Convenção, uma posição clara em relação a questão.
Incoerência
Enquanto a totalidade da liderança da Assembleia de Deus manifestou-se contra o ‘casamento’, uma parte dessa mesma liderança vai apoiar para Prefeito de São Paulo o candidato José Serra (PSDB) que é favorável não só ao ‘casamento gay’ como também a adoção de crianças por ‘casais gays’.
De acordo com o núcleo gay do PSDB, denominado ‘diversidade tucana‘, Serra teve grande participação para o avanço da agenda gay em São Paulo. Abaixo alguns tópicos extraídos do site do grupo:
  • No município de São Paulo, José Serra, homem de visão, instituiu o primeiro órgão de administração pública brasileira voltado à diversidade sexual. Em seu segundo mês de governo frente à prefeitura de São Paulo, em 2005, criou a Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual.
  • Ainda em 2005, Serra decretou a criação do Conselho Municipal em Atenção à Diversidade Sexual, espaço de interlocução entre o poder público e a sociedade civil, bem como o Centro de Referência e Combate à Homofobia.
  • Como governador, Serra criou a Coordenação de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual, no âmbito da Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania; instituiu o Comitê Intersecretarial de Defesa da Diversidade Sexual e o Conselho Estadual de Defesa da Diversidade Sexual e realizou a I Conferencia Estadual LGBT de São Paulo.
  • Em relação às garantias legais para a população LGBT, Serra regulamentou a Lei 10.948, e publicou decreto acerta do uso do nome social na administração pública. Para travestis e transexuais, Serra criou o Ambulatória de Saúde Integral.
  • Em 2007, Serra foi revolucionário ao reformular o Sistema Previdenciário do Estado de São Paulo, instituindo o direito à pensão ao(à) parceiro(a) e fundou o Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito, no âmbito de Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Serra foi chamado recentemente de “amigo da Assembleia de Deus” pelo deputado federal Paulo Freire (PR/SP), filho do pastor José Wellington Bezerra da Costa.
Em um outro evento pró-Serra, a vereadora Marta Costa (PSD) – também filha do pastor José WelliNgton Bezerra da Costa, disse: “eu louvo a Deus por este momento. Eu louvo a Deus por ser o Serra. Ele é um estadista. Não está aqui por um trampolim político”.
Dois pesos e duas medidas. E enquanto diz-se ser contra o ‘casamento gay’, apoia-se quem o defende (e um pouco mais).
Um total contrassenso. Lamentável!


Serra e Kassab na parada gay de SP, em 2010

Serra na Assembleia de Deus do Belenzinho (SP), em 2010

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Video no DF

Aqui em São Sebastião - DF                                                                                                   http://www.youtube.com/watch?v=qvi6kpwp3Q4&feature=context-gau

Acissta o Pr. Ezequiel Pinto

Acissta o
Pr. Ezequiel Pinto
http://www.youtube.com/watch?v=qjqpsCm6sro&feature=g-upl

TERRA OU CÉU?


TERRA OU CÉU?



Intriga-me o fato de vermos hoje, aqueles que dantes veementemente defendiam uma vida de abnegação e renuncia, apontando para tal sacrifício pessoal, o Céu como recompensa. No entanto, agora, defendem de forma tão perspicaz uma vida terrena tão farta e desregrada (Lc. 16.19,25) que parece que o Céu perdeu o brilho antes anunciado, ou estavam eles equivocados quando defendiam aquilo? Ou, o estão agora?



 Verdade seja dita. O “Céu ou paraíso, morada de Deus, eternidade com Cristo”.  Seja como for descrita nas escrituras é a maior de todas as esperanças, que norteiam a vida santa e irrepreensível, que se deve ter qualquer uma pessoa que confia e deseja ardentemente vivê-la para alcançar tal promessa.



O fato de querermos uma vida sossegada e farta aqui não nos dá o direito de, em detrimento do Céu, perdemos o pudor, a vergonha, o respeito, a fraternidade e o amor pelo próximo. Vivendo de modo hedonista, uns poucos usufruem todo bem  que desejam ( ainda que  necessariamente não lhes falta nada) da maioria insensata. Essa maioria manobrada pelo poder de oratória, de algumas pessoas que em nome de "Deus" buscam seus interesses e curam as feridas do povo com leviandade (Jr 8. 11).



Fazendo assim em nome de uma pregação “Bíblica”  e “divina” - embora o "deus" sejam eles mesmos - que muitos dos comprados com  o sangue de Jesus, se sintam mais miseráveis do que quando o aceitaram como salvador. Pois agora se sentem muito mais desprezados que dantes. Quando avaliam suas vidas e posses com o tipo de sermão que estão ouvindo em nome do “senhor”, percebem segundo tal pregação que, ou estão em pecado ou Deus não os ama, pois se a riqueza é sinônimo do favor e aprovação de Deus e estes não conseguem ao menos uma casa própria, um carro, ou mesmo vestir grifes ou comer nos melhores restaurantes, morar nos melhores bairros ou possuírem uma empresa. Deus não os vê.



Essa devastadora e nefasta onda de pregadores e pregações tem deixando de ensinar o que o apostolo Paulo disse que somos amados de Deus antes mesmo que o conhecêssemos: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”. (Rm 5.8) se ele nos amou quando éramos pecadores deixaria ele de nos amar agora que não pecamos mais?. Há em algum lugar Cristo falando que depois de salvo acharíamos um mundo de esplendido luxo e fartura sem fim? Mais que: “quem quiser vir após mim renuncie a si mesmo, tome a sua cruz de cada dia e me siga”. (Lc. 9.23)



Para tais pregadores lembrarei o que disse Paulo aos Colossenses: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida em Deus. 3.1-3. Se minha está em cristo não devo me perturbar se nesta vida não alcançar todos os luxos, ou farturas que se pregam por aí. Em cima (CÉU) está a minha vida e não aqui em baixo(TERRA).



E ainda: porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também vos digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. Cujo fim é a perdição; cujo deus é o ventre, e cuja gloria é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas. Mas a nossa cidade está nos CÉUS, donde também esperamos o Salvador, o nosso Senhor Jesus Cristo. Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar todas as coisas.

Portanto, meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados. Fl. 3.18-21; 4.1.

Pr. Ezequiel Pinto de Carvalho
Presidente da Igreja Evangelica Assembleia de Deus em Tiquara - Campo Formoso-BA
Teologo, psicopedagogo e Cientista da Religião.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

DENGUE X PARACETAMOL‏

DENGUE X PARACETAMOL‏

14042008
INFORMAÇÃO NUNCA É DEMAIS!!!!
Prezados,
Com esta epidemia de dengue é sempre importante uma informação adicional.
  ESSE TIPO DE MENSAGEM É ALTAMENTE IMPORTANTE SER ESPALHADO A TODOS.
  TALVEZ CERCA DE 90 % DE NOSSA POPULAÇÃO NÃO TENHA TIDO ACESSO A ESTE TIPO DE
INFORMAÇÃO, E ESTEJAMOS ENTRANDO NUM ESTÁGIO DE DESESPERO DE FORMA, TALVEZ,
EQUIVOCADA.

    Amigos,
    É bom saber que paracetamol é veneno mortal para gatos, assim como o
fertilizante denominado torta (ou farinha) de mamona. É que o fígado daquele
animal não metaboliza estas substâncias.

   Como professor de microbiologia, eu venho falando sobre isto com meus alunos
há alguns anos: a relação da Dengue (uma patologia causada por um vírus
hepatotóxico) com o Tylenol (paracetamol- uma droga com potencial hepatotóxico
significativo).. O vírus da Dengue é da mesma família do vírus da Febre Amarela
(Flavivírus) que tem tropismo pelo hepatócito.
   Mas é sempre bom colocar a posição de um especialista na área. Então, taí
abaixo.

 DENGUE – EQUÍVOCOS NO TRATAMENTO


    Prof. Dr. Edimilson Ramos Migowski de Carvalho, MD, PhD (Professor de
Infectologia Pediátrica da UFRJ e vice-presidente da Sociedade de Pediatria do
Estado do Rio de Janeiro)

   O vírus do Dengue é um Flavivirus, portanto do mesmo gênero do vírus da
hepatite C e da febre amarela, que também são hepatotrópicos.
   Assim, a hepatite não pode ser considerada uma complicação do dengue, pois faz
parte da história natural da doença.
Aspectos histológicos de hepatite viral têm sido demonstrados em biópsias
hepáticas de pacientes com dengue, como degeneração dos hepatócitos, necrose
centrolobular, degeneração gordurosa, hiperplasia de células de Kupffer,
infiltração de monócitos e alterações muitas vezes de grande monta a exemplo do
que ocorre na febre amarela. Diversos estudos demonstram que 80 a 100% dos
pacientes com dengue, mesmo sem hepatomegalia, apresentam algum grau de
envolvimento hepático com
elevação de transaminases (TGO e TGP).
    O tratamento da Dengue é sintomático, isto é, são utilizados medicamentos
apenas para amenizar os sinais e sintomas, e não para combater o vírus. O
próprio sistema imunológico acaba com o vírus em alguns dias. Mesmo assim,
deve-se fazer repouso, não se agasalhar excessivamente e beber muito líquido
para evitar a desidratação proporcionada pela febre e evitar sintomas mais
desagradáveis.
  No caso da forma hemorrágica, é recomendada a aplicação de soro e plasma. Em
alguns casos mais graves pode haver a necessidade de transfusão de sangue.
  Embora não tenha qualquer estudo, é o paracetamol (Dôrico(R), Tylenol(R) etc)
o fármaco mais utilizado para tratamento da dor e febre no paciente com dengue.
Vale ressaltar que o vírus do dengue causa, em praticamente 100% das pessoas
infectadas, um quadro de hepatite, e o paracetamol é muito tóxico para esse órgão e poderá agravar o problema.
    O ácido acetil-salicílico (AAS(R), Aspirina(R), Melhoral(R), Doril(R) etc) é
contra-indicado, porque essa substância interfere nos mecanismos de coagulação
e pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.
   Baseado nos perfis do medicamento e da doença, os medicamentos que poderiam
ser utilizados com um pouco mais de segurança seriam a dipirona (Novalgina(R),
Dorflex(R), Anador(R) etc.) e o ibuprofeno (Dalsy(R), Alivium(R)). Mas sempre
de forma comedida e com orientação médica.
    Na maioria das vezes, o doente se recupera em uma semana.
    A recuperação costuma ser total, não deixando nenhum tipo de seqüela.
    É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece
completamente com o tempo, geralmente em até quinze dias.
  
 Paracetamol é uma substância que exige um esforço do fígado para
metabolizá-la.
    A diferença entre a dose terapêutica e a tóxica é muito pequena.

 Segundo a Administração de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos, um adulto
saudável deve ingerir, no máximo, quatro gramas de paracetamol por dia.

    Para crianças, a dose recomendada é de cem miligramas por quilo de peso. Mas o
mais seguro é consumir o mínimo possível. O excesso pode causar hepatite
medicamentosa. Hepatite tóxica mata rapidamente, adultos e crianças.
   Ela pode ser a verdadeira causa de vários óbitos atribuídos ao dengue.


    Mestrado em Biociências e Biotecnologia
    Universidade Estadual do Norte Fluminense–
    Lara Gonçalves Pessanha
    msn: eng_calori@hotmail.com
    Israel Calori, MSc
    Eng. de Alimentos
    Rua Joaquim da Silva Pereira, 62
    13625-000 Santa Cruz da Conceição- S.P.
    Fones (19)3567 1310 ou (19)9121 9892
    Renata Couto Moreira Professora Assistente Departamento de Ciências da
    Computação Universidade Federal de Lavras Lavras,


MGhttp://ecosul.wordpress.com/2008/04/14/dengue-x-paracetamol%E2%80%8F/

PERIGOS DO PARACETAMOL

08/12/2005 - 21h36
Médico explica os riscos do paracetamol e diz que não sabe por que remédio continua no mercado

Veja a entrevista em vídeo

Da Redação

Pesquisa divulgada pela revista científica New Scientist alerta sobre os riscos que o paracetamol traz para a saúde depois que foi divulgado que o analgésico se tornou a principal causa de insuficiência hepática nos Estados Unidos. O estudo mostra que a proporção de problemas no fígado causados pelo medicamento chegou a 51% do total em 2003. Em 1998, esta proporção era de 28%.

Os cientistas americanos responsáveis pelo estudo chegaram à conclusão de que 20 comprimidos de paracetamol por dia são suficientes para causar insuficiência hepática e levar à morte - a dose máxima recomendada é de oito.

Em entrevista ao UOL News, o toxicologista Anthony Wong, do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, deu uma aula sobre o que se deve e o que não se deve fazer no uso do paracetamol, admitiu não saber por que o remédio ainda continua no mercado e explicou que a dosagem perigosa varia de pessoa para pessoa.

"A quantidade de comprimidos é altamente variável. Só aqui no Brasil tem comprimido de 750mg. Na Inglaterra só tem de 500mg e de 360mg. Nos Estados Unidos existem comprimidos de até 1g, mas isso ainda é muito restrito. Nos Estados Unidos, inclusive, já há restrições, com advertência de caixa preta, para que as pessoas não tomem paracetamol com bebida alcoólica. Se tomar mais de 3 doses de bebida alcoólica não pode tomar paracetamol."

Ainda sobre a dosagem, lembrou: "20 comprimidos é uma dose média, mas há pessoas que já tiveram falência hepática tomando 8 comprimidos de 500mg, que dá 4g. É importante salientar que a máxima diária são 4g de paracetamol, desde que não tenha álcool, problema hepático ou o paciente não esteja tomando um outro remédio."

Nada de paracetamol na ressaca
Ele contou que a velha prática de tomar um comprimido com paracetamol em dias de ressaca para combater a dor de cabeça deve ser completamente abolida da vida das pessoas. "É uma boa advertência para essa época de natal e ano novo. Não se pode tomar um porre e depois tomar paracetamol, pois pode causar lesão hepática fulminante mesmo em doses menores do que 20 comprimidos. Também não pode tomar aspirina, porque ela aumenta o sangramento gástrico."

Para Anthony Wong, a pesquisa vem numa boa hora. "É importante e muito bem-vindo o alerta, porque os americanos e principalmente os brasileiros tomam remédios como se fossem 'M&Ms'. Não pode." Ele contou que nos Estados Unidos, além da morte causada por falência hepática, o paracetamol é a principal causa de morte por intoxicação de todos os remédios que existem no país."

"Então por quer ainda está no mercado?", perguntou a jornalista. "Nos Estados Unidos tem um forte trabalho de marketing em cima do FDA. Já na Europa há muitas restrições. Na Inglaterra, por exemplo, só se pode comprar uma caixa por mês."

Segundo o médico, febre muito alta, jejum prolongado ou vômito prolongado em crianças ou adultos são muito perigosos. "Isso esfolia a pessoa de radicais que são necessários para neutralizar o paracetamol."

O efeito no fígado
Segundo o médico, o efeito do paracetamol no fígado é tardio. "Depois de 12 horas a pessoa começa a sentir náuseas. Depois de 24 horas começa a ter dor de cabeça muito forte por causa da lesão do fígado. E aí não adianta dar nada, porque o antídoto só funciona, na melhor das hipóteses, antes de 24 horas. Depois disso é muito tarde."

Ele contou que há 3 anos saiu na Pediatrics um estudo alertando para esse efeito, dizendo que uma criança que tomou paracetamol e está vomitando poderia estar com overdose de paracetamol. "E tanto é verdade que muitos centros já aplicam um antídoto quando uma criança que tomou paracetamol é atendida e a mãe não sabe dizer qual foi a dose. Depois fazem a dosagem. Se for baixa, suspendem o antídoto."

O paracetamol e a febre
Anthony Wong lembrou que vários antigripais contêm paracetamol. Lillian pediu para o médico citar alguns nomes-fantasia para que as pessoas pudessem saber de que remédio estão falando. Citou como alguns exemplos Tylenol, Naldecon, Cheracap, Cedrin e Dimetap. "Quase todos os antigripais têm paracetamol e muito facilmente causam overdose."

O especialista explicou que não se deve nunca começar um tratamento de gripe com aspirina. "Motivo: existe uma doença chamada Síndrome de Reye, que causa a destruição fulminante do fígado se a pessoa tomar aspirina e tiver propensão genética de destruição maciça no fígado." Ele contou que essa advertência sobre o uso da aspirina foi feita no fim da década de 70, começo da década de 80.

"Quando saiu essa advertência, a incidência de Reye nos Estados Unidos era mais ou menos de mil casos por ano. Praticamente 95% das pessoas morriam. No Brasil não era muito menor. Depois da advertência, o número de casos caiu para 25 ao ano. Isso demonstra que existe uma associação causal com uso da aspirina."

Alternativas
O médico deu algumas alternativas ao paracetamol. "Tenho uma certa preferência pela dipirona (novalgina), mas o ibuprofeno (advil para adulto e alivium para criança), que está entrando agora no mercado, é bastante seguro." Wong lembrou que nem a aspirina nem o paracetamol podem ser ingeridos em casos de dengue. O primeiro porque causa sangramento e o segundo porque ataca o fígado.

Sobre reação anafilática, Wong explicou que independe do medicamento. "Pode acontecer com qualquer remédio, desde dipirona, pinicilina (o mais comum de causar alergia), ácido acetilsalicílico, até picada de abelha. A dica é: evite ao máximo tomar remédio. Se precisar, tome com cautela, com cuidado, mesmo que seja a 1/10 de vez que estiver tomando aquele remédio."

O paracetamol e a estatina
A jornalista Lillian Witte Fibe perguntou a ele se é perigoso misturar o paracetamol com a estatina, que é usada para o controle do colesterol. "Ainda não foi demonstrada uma associação entre os dois. Parece que atuam em lugares diferentes dentro da célula hepática. Sabemos que alguns antibióticos, como a rifampicina, usada para tuberculose, e também alguns antibióticos da linha do cipro podem se associar ao paracetamol e provocar uma lesão de fígado."





http://noticias.uol.com.br/uolnews/saude/entrevistas/2005/12/08/ult2748u82.jhtm

quarta-feira, 11 de julho de 2012

As bem-aventuranças dos "pastores idiotas"

As bem-aventuranças dos "pastores idiotas"

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", quando fordes xingados com este epíteto simplesmente por acreditardes no que disse Jesus: "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem consomem, e onde os ladrões minam e roubam" (Mateus 6.9). Tal ato insano, ao invés de vos maldizer, mostra que ainda estais firmes na verdade.

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", que não sucumbistes aos "encantos" da teologia da prosperidade por compreender que "os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína" (1 Timóteo 6.9). Não vos entristeçais, nem penseis que estais sozinhos. Há muitos outros "idiotas" convosco, inclusive o apóstolo Paulo.

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", por não vos curvardes aos arautos que vos maltratam em virtude de crerdes que aos ricos deste mundo a Palavra de Deus ordena: "Não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas" (1 Timóteo 6.7). Tal maldição é, na verdade, um reconhecimento de que pondes a vossa confiança não nas riquezas desta vida, mas na abundância que vos é dada para a glória de Deus.

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", que resistis aos apelos dos que vos querem enredar com o brilho do ouro que perece, porque vós bem sabeis que é vosso dever continuardes a ensinar às suas ovelhas "que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis" (1 Timóteo 6.18). Saibais que outros "pastores idiotas" iguais a vós foram já recebidos na glória e aguardam o precioso galardão.


Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", porque não perdestes a visão da semeadura e, por isso mesmo, sabeis que não se ganham almas com o glamour das riquezas humanas, mas com a sementeira do evangelho. Sem esquecerdes da advertência da parábola do semeador, que diz: "Os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera" (Mateus 13.22).

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", por não perfilardes o triunfalismo da pregação humanista, centrada no homem, que enriquece a quem prega e defrauda a quem ouve. Ainda que vos pareça estardes "fora do modelo contemporâneo", alegrai-vos porque continuais apegados ao modelo bíblico, que diz: "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" (Gálatas 6.14).

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", que embora injuriados pela vossa pregação "arcaica", ainda carregais no bolso do vosso coração a credencial de servo do Altíssimo, enquanto alguns já a trocaram pelas credenciais de semideus, arrogante e soberbo e usam-na ao sabor das circunstâncias para se locupletarem em cima da lã de suas ovelhas.

Bem-aventurados sóis vós, "pastores idiotas", que, enquanto alguns voam os céus do mundo em modernos jatinhos, trafegam as grandes avenidas em luzentes automóveis e se deleitam nos mármores de grandes mansões, o vosso prazer é estar junto das ovelhas, alegrardes com elas e, se preciso for, dar por elas a vossa própria vida. Não vos esqueçais que outros "idiotas" iguais a vós se encontram já no Reino do Pai.


Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", que preferis o "prejuízo" da coerência, da fidelidade a toda prova aos princípios imutáveis da Palavra de Deus, do que sucumbirdes - ainda que tentados - às lentilhas que se vos oferecem para amenizar eventuais necessidades imediatas. Mais vale o pão dormido da consciência tranquila do que os banquetes da consciência aprisionada.


Bem-aventurado sois vós, "pastores idiotas", pelo modo como sois tratados por amor do nome do Senhor e por não vos enredardes pelo brilho passageiro da glória humana. Não sois melhores por isso, mas também não sois piores. Todavia, enchei o vosso coração de alegria porque o vosso nome faz parte da galeria dos heróis da fé que professam somente a Cristo e têm Deus como o bem maior da vida. Tende como lema o que Paulo ensinou: "Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos" (Filipenses 4.4).


Assina um "idiota" como todos vós.
http://geremiasdocouto.blogspot.com.br/2012/01/as-bem-aventurancas-dos-pastores.html

OITO REGRAS PARA UMA MINISTÉRIO CRISTOCÊNTICO

OITO REGRAS PARA UMA MINISTÉRIO CRISTOCÊNTICO

1. Não se una a pessoas que buscam fama e sucesso ministerial a todo e qualquer custo, nem que para isso tenham que infamar publicamente os supostos concorrentes.

2. Não aceite todo convite para não sacrificar a família, o trabalho, e o estudo acadêmico.

3. Não faça do ministério um “pé de meia” para o futuro, quando tudo o mais der errado.

4. Não busque o sucesso, a fama e honra para si, fazendo da piedade uma autoafirmação da sua personalidade e talentos naturais.

5. Jamais use a simplicidade e acriticidade do povo de Deus como esteio para popularidade e sucesso pessoal.

6. Não fique teologicamente em cima do muro para agradar gregos e troianos, mas expresse o que a Bíblia diz sem vacilação.

7. Não use a linguagem da piedade para incensar os próprios feitos.

8. Seja amigo daqueles que compartilham da mesma visão.

Esdras Costa Bentho